[…] Durante algum tempo, hesitei se deveria ou não abrir esta história ao conhecimento de todos, ou melhor, estas histórias, pois foram muitas as contadas pelo meu amigo finado. Sinto-me um tanto perplexo com a possibilidade de me acharem desviado das ideias e quererem me internar num manicômio, mas como fugir à realidade de ter sido escolhido o seu ouvinte? De fato, o meu herói – pois acabou por se tornar para mim um grande herói – escolheu-me. Hesitei-me, como disse, por um bom tempo, suficiente para encher-me de coragem e perder o medo do que as pessoas poderiam dizer, o que inclui o leitor e a leitora e, respeitosamente, dar-lhes uma bela e ostentosa “banana”. Não, não estou nervoso. É apenas um desabafo íntimo. É preciso convir que uma pessoa que recebe pontualmente, como se verá, a visita de um ectoplasma ilustre, com um gosto refinado para o café e um bom papo madrugada adentro e que, além disso, vinha guardando e duvidando se deveria ou não dizer, mas louco para fazê-lo, merece um instante de vazão. Caso contradigam-me, dizendo: “você é um louco”; “fanfarrão”; “contador de histórias”, não tem importância. Medo já não tenho mais, e, a propósito desse último xingamento, devo elucidar que seria injusto, pois histórias nunca soube contá-las, embora as aprecie; eu apenas ouvia, por sinal muito bem traçadas e até diria interpretadas pelo meu amigo defunto, ou melhor, morto, pois defunto já não era mais. Antes que eu me renda à tentativa de teorizar sobre a diferença de ser defunto e ser morto, vamos às histórias… […]
Assim, Xavier de Novais, o personagem-narrador deste livro, abre estas histórias contadas por seu amigo Aarão Reis, ele mesmo: engenheiro chefe que, juntamente com alguns amigos, arquitetou a chamada “Nova Capital”, que hoje nada mais é que a nossa tão linda e formosa cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Este livro, aprovado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerias, via Lei Aldir Blanc, estará à disposição de todos nos próximos meses. Até lá, acompanhem algumas passagens em imagens e pequenas doses deste que é o meu quinto livro publicado pela Alforria Literária, da Árvore das Letras.
Para uns positiva, para outros nem tanto e eu compreendo. Compreendo as perdas e sinto muito, muito mesmo por todas elas. Mas devo dizer que para mim 2020 foi sublime pela oportunidade de olhar no espelho de minha alma e ter coragem de ser quem sou, de dizer sim para o que se apresentava, mas sem medo de dizer não quando foi preciso e fazer escolhas.
De repente veio a vida e nos exigiu transparências. Se pudesse falar alguma coisa a esse “inimigo” invisível, parafrasearia Chico Buarque e diria: “apesar de você os meus amanhãs sempre foram outros dias”, onde criei, escrevi, conheci pessoas, fiz amigos, estive presente com minha família, resgatei laços de convívios valorizando ao máximo o mínimo que a situação proporcionava; não saí de casa, mas viajei o mundo inteiro nas páginas dos livros que li (e foram muitos), acordei sonhos, contei histórias. Mas, acima de tudo isso, fui Natureza. Por quê? Porque ela sempre dá um jeito.
Gratidão a todos que compartilharam comigo os seus caminhos, que abriram as portas do coração e permitiram esse encontro. Que 2021 chegue com suas aventuras trazendo vida.
Em um dia que todos deixam suas mensagens, deixo a minha em forma de história, que é onde melhor eu me faço, agradecendo e desejando que ao longo desse ano muitos aprendizados e reflexões possam ter ocorrido. Desejo todo amor do mundo, um dia e uma noite de paz na certeza que tudo faz parte de um grande plano divino.
Nesta história você irá descobrir por que o pinheiro é considerado a árvore símbolo do Natal e saber onde e como surgiu a “Noite Feliz”… Esta história, juntamente com outra – “A dieta do Papai Noel” – contada por meu amigo Pierre André, é um presente que oferecemos diretamente do nosso “barco dos sonhos”. Acesse aqui – https://youtu.be/FV5a6nc46Yc – para assistir também a história do Pierre e FELIZ NATAL!
ESCRITOR MINEIRO NO VALE DO JEQUITINHONHA CONSTRÓI UMA PRENSA DE MADEIRA – A “PAULA BRITO” – POR ONDE CONFECCIONA E PUBLICA OS SEUS LIVROS QUE JÁ SÃO ENVIADOS DO NORTE AO SUL DO BRASIL.
Sou escritor, portanto preciso de uma editora para publicar os meus livros… Bem, há controvérsias! Talvez este seja o sonho de 99,9% dos escritores Brasileiros e até fora do Brasil. Talvez este seja o desejo daqueles que querem vender milhares de livros ou, pelo menos, tê-los nas prateleiras das livrarias levados pela famosa pergunta: “o que as editoras querem?”. Devo dizer com muita humildade que não é o meu sonho e, embora não seja contra as editoras, nunca ninguém havia me perguntado o que eu queria delas. E longe de pensar que eu seja um escritor que não deseja vender os meus livros, que não me preocupo com marketing e essas coisas do tipo, não, não é assim; eu me preocupo, eu quero vender os meus livros e vê-los nas mãos dos leitores, mas de um jeito que seja o meu propósito literário e não o dos outros.
Por isso escolhi o caminho da alforria literária. Aliás, esse é o nome do selo criado na Árvore das Letras, minha escola e editora independente. Por ela publiquei 4 livros entre romance, contos, poesia e infantil e estou indo para o meu 5º livro e segundo romance, todos feitos de forma sustentável, com papel reciclado e ecológico, prensados, colados e costurados à mão. Por ela também publiquei outros escritores que, como eu, acredita no Pequeno Príncipe ao pensar que o essencial é invisível aos olhos, bem, não tão invisível assim, pois a “Paula Brito” existe e hoje, após 3 anos da minha alforria, tenho livros vendidos e enviados para várias cidades em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, Curitiba e também participei da Feira do Livro do Porto, em Portugal neste ano de 2020, onde, além do conteúdo literário, mostrei o meu processo de produção.
Recebi carinhosamente por um amigo a alcunha de Quixote das Gerais. Pode ser que eu seja mesmo ao acreditar que é possível construir um novo caminho e consolidar esse caminho como uma nova forma de fazer e consumir literatura. É o que venho fazendo entre os muitos moinhos de vento…
Mas se quiser saber melhor sobre essa história, sobre os meus livros, sobre a “Paula Brito” e como eu venho construindo esse lugar está tudo aqui neste blog. Entre e fique a vontade. Se quiser falar comigo, terei muito prazer em atender, é só enviar uma mensagem, me seguir no Instagram, acompanhar os meus vídeos no Youtube.
Quero terminar citando George Bernard Shaw ao dizer: “Alguns homens observam o mundo e se perguntam “por quê?”. Outros homens observam o mundo e se perguntam “por que não?”.
Uma menina, um amigo, um enlace. Uma história de transformação onde o sentimento verdadeiro prevalece em estado de poesia.
Ela é parte de um dos contos do livro Entrelinhas Contos mínimos. Um detalhe nesta história é que as cigarras vieram cantar justamente na hora de leitura. Eu deixei… É a natureza.
Este vídeo é um incentivo à leitura de um dos clássicos mais importantes da nossa literatura brasileira. E é também um recado aos professores e às escolas…
“Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico com saudosa lembrança estas memórias póstumas”
Com essa dedicatória – uma das mais emblemáticas de toda a história da literatura de todos os tempos – inicia-se Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, um clássico do final do século XIX, que conta a história de Brás Cubas que, depois de morrer, resolve voltar para narrar suas histórias e reviver os pontos mais importantes da sua vida.
Neste vídeo vai narrado a cena do enterro, a primeira, já invertendo genialmente o fim e o começo…
Depois da leitura compartilhada de “Alice no país das Maravilhas”, vamos para o nosso próximo livro: O PEQUENO PRÍNCIPE, de Antoine de Saint-Exupéry, uma obra de apelo universal, ainda mais em tempos que estamos vivendo; um clássico que abriga valiosas lições de humanidade.
A leitura vai começar no dia 31 de outubro e terminar no dia 14 de novembro.
Um pouquinho diferente da primeira leitura, nesta iremos alternar entre leituras individuais e leituras propriamente em grupo durante os encontros pelo google meet. No encontro final teremos a presença da psicóloga Wal Sabino, que abordará questões da obra lida.
Vamos nessa? Busquem o livro e se programem aí! Confiram a programação completa aqui mesmo no blog clicando em LEITURA COMPARTILHADA na barra de Menu.
E assim foi a nossa conclusão da primeira leitura compartilhada com o livro Alice no país das Maravilhas, de Lewis Carroll. Foram 3 encontros maravilhosos, em que todos tiveram uma participação ativa e integrada. Momento de muita riqueza literária, filosófica e de descobertas a partir dos personagens da obra. Agradeço a todos que vieram nessa viagem de leitura conosco, que se empenharam e demonstraram ser a leitura algo extremamente prazeroso, bem diferente da obrigatoriedade das escolas; Agradeço também ao Paulo Fernandes com seu vasto conhecimento literário e de leitor experimentado, que muito contribuiu para a dinâmica dos encontros e Elania Pinheiro que nos trouxe, com seus conhecimentos de psicologia, um belo panorama de toda obra.
E agora?
Vamos para a nossa próxima leitura: O PEQUENO PRÍNCIPE, de Antoine de Saint-Exupéry!
Quer vir coma agente? Se atente em nossas redes sociais. Em breve a nova programação.
Abaixo o texto Para Maria da Graça, de Paulo Mendes Campos, do livro (“O Amor Acaba”), lido em ocasio da conclusão do encontro.
Para Maria da Graça
Agora, que chegaste à idade avançada de quinze anos, Maria da Graça, eu te dou este livro: Alice no País das Maravilhas. Este livro é doido, Maria. Isto é, o sentido dele está em ti.
Escuta: se não descobrires um sentido na loucura, acabarás louca.
Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler este livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucas. Aprende isso a teu modo, pois te dou apenas umas poucas chaves entre milhares que abrem as portas da realidade. A realidade, Maria, é louca.
Nem o papa, ninguém no mundo, pode responder sem pestanejar à pergunta que Alice faz à gatinha: “Fala a verdade, Dinah, já comeste um morcego?”
Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. “Quem sou eu no mundo?” Essa indagação perplexa é o lugar comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrastes essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta; o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.
A sozinhez (esquece essa palavra feia que inventei agora sem querer) é inevitável. Foi o que Alice falou no fundo do poço: “Estou tão cansada de estar aqui sozinha!” O importante é que conseguiu sair de lá, abrindo a porta. A porta do poço! Só as criaturas humanas (nem mesmo os grandes macacos e os cães amestrados) conseguem abrir uma porta bem fechada, e vice versa, isto é, fechar uma porta bem aberta.
Somos todos tão bobos, Maria. Praticamos uma ação trivial e temos a presunção petulante de esperar dela grandes consequências. Quando Alice comeu o bolo, e não cresceu de tamanho, ficou no maior dos espantos. Apesar de ser isso o que acontece, geralmente, às pessoas que comem bolo.
Maria, há uma sabedoria social ou de bolso; nem toda sabedoria tem de ser grave. A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes ao dia: “Oh, I beg your pardon!”. Pois viver é falar de corda em casa de enforcado.
Por isso te digo, para a tua sabedoria de bolso: se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à Alice: “Gostarias de gatos se fosse eu?”.
Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, nacional e internacional, nos clubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos, até irmãos, até marido e mulher, até namorados, todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão fingindo que não é, tão ridículas muitas vezes, por caminhos escondidos, que, quando os atletas chegam exaustos a um ponto, costumam perguntar: “A corrida terminou! Mas quem ganhou?” É bobice, Maria da Graça, disputar uma corrida se a gente não sabe quem venceu. Se tiveres que ir a algum lugar, não te preocupes com a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar.
Se chegares sempre aonde quiseres, ganhaste.
Disse o ratinho: “Minha história é longa e triste!” Ouvirás isso milhares de vezes. Como ouvirás a terrível variante: “Minha vida daria um romance.” Ora, como todas as vidas vividas até o fim são longas e tristes, e como todas as vidas dariam romances, pois o romance é só um jeito de contar uma vida, foge, polida mas energicamente, dos homens e mulheres que suspiram e dizem: “Minha vida daria um romance!” Sobretudo dos homens. Uns chatos, irremediáveis, Maria.
Os milagres acontecem sempre na vida de cada um e na vida de todos. Mas, ao contrário do que se pensa, os melhores e mais fundos milagres não acontecem de repente, mas devagar, muito devagar.
Quero dizer o seguinte: a palavra depressão cairá de moda mais cedo ou mais tarde. Como talvez seja mais tarde, prepara-te para a visita do monstro, e não te desesperes ao triste pensamento de Alice: “Devo estar diminuindo de novo”. Em algum lugar há cogumelos que nos fazem crescer novamente.
E escuta essa parábola perfeita: Alice tinha diminuído tanto de tamanho que tomou um camundongo como hipopótamo. Isso acontece muito, Mariazinha. Mas não sejamos ingênuos, pois o contrário também acontece. E é um outro escritor inglês que nos fala mais ou menos assim: o camundongo que expulsamos ontem passou a ser hoje um terrível rinoceronte.
É isso mesmo. A alma da gente é uma máquina complicada que produz durante a vida uma quantidade imensa de camundongos que parecem hipopótamos e de rinocerontes que parecem camundongos.
O jeito é rir no caso da primeira confusão e ficar em disposto para enfrentar o rinoceronte que entrou em nossos domínios disfarçado de camundongo.
E como tomar o pequeno por grande e o grande por pequeno é sempre meio cômico, nunca devemos perder o bom humor.
Toda pessoa deve ter três caixas para guardar humor: uma caixa grande para o humor mais ou menos barato que a gente gasta na rua com os outros; uma caixa média para o humor que a gente precisa ter quando está sozinho, para perdoares a ti mesma, para rires de ti mesma; por fim, uma caixinha preciosa, muito escondida, para as grandes ocasiões. Chamo de grandes ocasiões os momentos perigosos em que estamos cheios de dor ou de vaidade, em que sofremos a tentação de achar que fracassamos ou triunfamos, em que nos sentimos umas drogas ou muito bacanas. Cuidado Maria, com as grandes ocasiões.
Por fim, mais uma palavra de bolso: às vezes uma pessoa se abandona de tal forma ao sofrimento, com tal complacência, que tem medo de não poder sair de lá.
A dor também tem o seu feitiço, e este se vira contra o enfeitiçado.
Por isso Alice, depois de ter chorado um lago, pensava: “Agora serei castigada, afogando-me em minhas próprias lágrimas”.
Conclusão: a própria dor deve ter a sua medida: é feio, é imodesto, é vão, é perigoso ultrapassar a fronteira da nossa dor, Maria da Graça.
Por Luana Castro Alves Perez
Para Maria da Graça – Paulo Mendes Campos (do livro “O Amor Acaba”)
Hoje venho apresentar uma história que nos faz pensar muito…
Como Natureza, de Fábio Monteiro e com belíssimas ilustrações de Elisabeth Teixeira, é um livro sensível que fala de vida, mas também fala de morte. Por que não? Todo ciclo se finda para o surgimento de outro. Um tema que precisamos olhar para ele com sabedoria, adultos e crianças. Estamos preparados a fazê-lo? Essa história nos ensina o tempo das coisas. Tudo se renova.
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Há uma profunda e vital necessidade de compartilharmos em gratidão o que, com amor, recebemos. O guardião do olhos d’água nos ensina que é necessário libertar, deixar fluir, nutrir e cuidar dos instrumentos dessa libertação, pois as águas necessitam correr para realizar seu destino…
Conheça essa linda história adaptada de um conto austríaco e que faz parte do livro Reencantamentos para libertar histórias.
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