ALFORRIA LITERÁRIA – UMA NOVA FORMA DE FAZER LITERATURA

Alforria Literária

Começo esta apresentação com um pensamaento de Mia Couto…

“O que faz andar a estrada? É o sonho. Enquanto a gente sonhar, a estrada permanecerá viva. É para isso que servem os caminhos, para nos fazerem parentes do futuro”.

CONHEÇA A ALFORRIA LITERÁRIA, UMA NOVA FORMA DE FAZER LITERATURA

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O meu nome é Leandro Bertoldo Silva e eu sou escritor independente. Sou o criador da Árvore das Letras – um espaço de linguagem, leitura e escrita – e do selo Alforria Literária pelo qual publico os meus livros.

Durante o ano de 2017 e já início de 2018, recebi alguns contatos de leitores interessados em adquirirem os meus livros. Curioso que todas as pessoas, e isso já vinha acontecendo há algum tempo, queriam comprar os livros diretamente comigo, embora estejam disponíveis para venda na maioria das lojas online espalhadas pela internet e em plataformas de autopublicação. Isso é totalmente compreensível, uma vez que no final o livro sai a um preço muito alto para o leitor, e estamos falando do livro físico, que é a preferência de 10 a cada 10 leitores que me procuram…

Isso reforçou o meu posicionamento e a minha escolha de ser um escritor independente, a partir do momento que, por outro lado, eu recusei a proposta de contrato de duas editoras por não achar vantagem ao analisar todas as condições, e me ver preso simplesmente ao ego de ter os meus livros expostos em livrarias.

Foi assim que ganhou força a ideia da “Alforria Literária”, um selo criado por mim e pelo qual publico os meus livros, decidido a trilhar um caminho diferente, onde eu possa assumir todas as etapas do meu trabalho – da escrita à distribuição dos livros.

Nada tenho contra as editoras e as plataformas de autopuplicação; apenas acredito em outras possibilidades, ainda mais na realidade de hoje em que a vida exige mais consciências. Por isso, na minha natureza de enxergar propósito em tudo o que faço, desenvolvi a minha própria publicação sob demanda, na qual os meus livros são impressos em papel ecológico, inteiramente personalizado com fibras de material orgânico e tinta natural, numa verdadeira artesania literária, sendo o miolo do livro de papel reciclado, demosntrando um valor importante na preservação do meio ambiente, através do uso de recursos renováveis.

Esse processo é desenvolvido através de uma verdadeira “máquina de fazer livros”, em que a sintonia entre literatura e ecologia está presente, como se verá.

Faça a sua parte sem medo de ser simples

MEU PROPÓSITO LITERÁRIO

Vivemos no Brasil uma crise editorial muito grande, e essa crise não é somente financeira, mas mercadológica, eu diria, até, midiática. Isso porque a maioria das editoras tradicionais valoriza apenas o que é “vendável”. Não há problema nisso se entendermos que são empresas e, como tais, privilegiam o lucro. Mas a troco de quê? O que elas devolvem ao consumidor-leitor é que é um grande questionamento, pois basta entrarmos em livrarias para nos depararmos com uma imensa quantidade de livros traduzidos e os chamados “best-sellers”. E os novos escritores? Quase sempre ficam sem espaço. Ou escrevem o que as editoras querem vender ou possuem um alto poder de investimento, o que nem sempre é possível. As consequências são terríveis, pois isso contribui, entre outras coisas, para o sumiço de uma literatura genuinamente brasileira que ficou no passado.

MiaO escritor moçambicano Mia Couto, em uma entrevista, diz que até às décadas de 60/70 a literatura brasileira ainda era vista como referência para os próprios brasileiros e para outros países, como em África, por exemplo. Ele cita Jorge Amado e todo o seu universo místico, de religiosidade, capoeira, que tem raízes africanas. Cita, ainda, em outro contexto, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Manoel de Barros, entre outros. Hoje já não há mais essas referências. Segundo ele, “chegam as novelas, mas não chegam os livros”. Ora, se não chegam os livros, não chegam os autores. E para um momento em que, através das inúmeras plataformas de autopublicação existentes, surgem a cada dia tantos “escritores”, onde eles estão? É claro que quantidade não é sinônimo de qualidade, mas em meio a tantos há de ter alguém, e esse alguém não é um só, são muitos.

É neste contexto que surge a Alforria Literária com o claro propósito de liberdade.

POR QUE ALFORRIA LITERÁRIA?

Alforria Literária é mais do que um selo ou uma marca editorial, é um caminho que eu escolhi para mim enquanto escritor. E sabe por quê? Porque escolhi ser livre! Porque decidi assumir que eu sou, assim como você também é, criador da sua própria realidade. Se há uma expressão que possa definir a Alforria Literária, é: POR QUE NÃO?

Por que aceitar o que boa parte das pessoas diz sobre o caminho que a escrita e a carreira literária deveriam trilhar? Não posso ser o criador da minha própria experiência? Não posso eu definir o que eu quero e “como” eu quero? Sei que muitos pensarão: “porque é assim! Porque se você estiver fora das editoras e das lojas você estará fora do jogo”. Será?

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encontrando amigos

‘Se milhares de pessoas estão indo por aqui, então vá por ali…’

 

 Não me recordo onde eu li essa frase, mas ela tem para mim muito mais sentido, além de dialogar com a minha pergunta: POR QUE NÃO?

Ouço e leio constantemente variações de uma mesma versão que é o seguinte questionamento: ‘o que as editoras querem?’ É incrível como que o sistema com suas redes gigantescas nos pressionam e tenta nos convencer de que a maneira delas é mais do que a melhor, mas a única. E mais impressionante ainda é como boa parte das pessoas acreditam nisso e vai abandonando o prazer de guiar a própria vida e a própria escrita num verdadeiro desejo mimético. Passam a achar que é mais fácil adaptar ao que os outros consideram bom para elas do que tentar descobrir por si mesmas e abrir novas possibilidades e caminhos. E com isso, quantos escritores vão abdicando de um fundamento básico, ou pelo menos deveria ser, que é a total e absoluta liberdade de criar, não apenas o conteúdo, mas a forma…

Deixa eu dizer uma coisa: não há satisfação maior do que ser criador da nossa própria experiência, e a pergunta que eu faço através da Alforria Literária é absolutamente o contrário em relação à variação acima. Mais importante do que pensar de que há lugar para todos, é saber que esse lugar nunca será o mesmo.

O SIGNIFICADO DA MARCA ALFORRIA LITERÁRIA

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O desenho representa um pince-nez, modelo de óculos utilizado até início do século XX, que utilizava uma pinça para prender na ossatura do nariz (nez = nariz).

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De modo mais direto e objetivo faz referência, ao mesmo tempo homenagem, ao grande escritor Machado de Assis (1839-1908), que utilizava um pince-nez, presente em quase todas as usas fotografias.

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Indica a perspicácia característica do observador do mundo, que transcreve sua visão em forma de letra. Indica o olhar profundo que enxerga a realidade além das aparências. Enfatiza mesmo o olho, janela para o mundo, espelho da alma. Neste caso, Machado de Assis é um escritor que enxerga longe, lança luz onde havia sombras. Este é um ótimo sentido para melhor compreender a Alforria Literária.

Mas há uma complementação dessa ideia trazida pelo filósofo e psicanalista Angelo Pereira Campos que enriquece muito a Alforria Literária através de uma antiquíssmia simbologia: o Olho de Hórus.

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Símbolo da divindade egípcia, Hórus, filho de Osíris.  Hórus é o deus com cabeça de falcão. Não por acaso, o falcão encontra-se entre os animais de maior acuidade visual. Sua visão alcança uma pequena presa em até dois quilômetros de distância.

Os olhos de Hórus, na mitologia egípcia, sinalizam o Sol e a Lua. Trata-se de uma metáfora da luminosidade, do dia e da noite. Em batalha contra Set, Hórus perde o olho esquerdo, símbolo da Lua.

Neste caso, o olho representado na imagem da Alforria Literária é o direito, símbolo do Sol. Portanto, uma referência direta à luz, à claridade, logo, ao esclarecimento que a literatura nos ajuda a construir ao longo de nossa formação, que, claramente, dura a vida inteira. Desse mesmo modo, encontramos nestas metáforas literárias um sentido maior para a clarividência, que está a nos impulsionar para a liberdade, para a alforria.

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A MÁQUINA DE LIVROS “PAULA BRITO”

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O aspecto fundamental da Alforria Literária é eu ser a minha própria produção sob demanda, ou seja, eu mesmo editar e publicar os meus livros e poder enviá-los para qualquer lugar do Brasil. Para isso, foi confeccionada a minha “máquina de livros”, que carinhosamente chamei de ‘Paula Brito’, em alusão a Francisco de Paula Brito, proprietário de uma livraria no antigo Lago do Rocio no século XIX, atual Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro. Mulato, autodidata e oriundo de meio humilde, Paula Brito trabalhou como tipógrafo, impressor de livros e jornais, fundando a Marmota Fluminense numa época em que o analfabetismo era gigantesco em nosso país. Além disso, sua importância foi fundamental para acolher um mocinho acanhado, também mulato, brilhante e que faria história: Machado de Assis…

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Essa máquina foi cuidadosamente feita com madeira de Ipê reaproveitada de sobra de demolição e guardada por muitos anos. As mãos talentosas que a moldaram são de Egídio Souza, um luthier que, para quem não sabe, é um termo derivado do francês ‘luth’, que significa ‘alaúde’. Ele dá nome ao profissional especializado em construir instrumentos de corda, tudo feito de forma artesanal, um a um. Trata-se de uma das profissões mais antigas e que já está em extinção, mas que eu tive a sorte de conhecer um e de ter se tornado um amigo. Ainda sobre o propósito das coisas, não poderia ser maior uma vez que se institui uma parceria entre a literatura e a música, sendo eu um escritor inteiramente musical.

Isso vem mostrar que quando as coisas estão em sintonia com nossos desejos elas ganham força! A Alforria Literária já conta com três máquinas “Paula Brito” e os meus livros já foram enviados para várias cidades, como Belo Horizonte, Pernambuco, Curitiba, São Paulo e outras, além de projetos em escolas no Vale do Jequitinhonha onde alunos estão se tornando autores graças à evolução desse trabalho. Um dos meus objetivos é que o livro em si, além do seu conteúdo literário — que é o meu trabalho de escritor — seja um objeto de arte digno de ser admirado e guardado.

Bem, é isso! Estou pronto para fornecer os meus livros com muita qualidade e segurança, enviando-os a qualquer lugar do Brasil a um valor justo e acessível. Saiba sobre eles clicando AQUI! E lembre-se:

O surgimento de novos talentos passa pela sua permisão de experimentar. Permita-se! Leia escritores independentes.

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Quer saber mais e falar diretamente comigo?

ENVIE UM EMAIL PARA 

leandrobrsilva@hotmail.com

Siga no Instagram: @arv.das.letras

LEITURA SOLIDÁRIA

LIVROS QUE GERAM LIVROS EM FAVOR DE UMA CAUSA

Já imaginou comprar livros e ajudar crianças a terem acesso a mais livros ao mesmo tempo?

Árvore das Letras firmou uma parceria com a Escola Estadual da Vila São João, na pequena cidade de Padre Paraíso, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. É uma escola que contempla alunos de 1º ao 5º anos do Ensino Fundamental. Com o objetivo de aumentar o acervo da biblioteca da escola, que passa por essa necessidade, a cada 3 livros O Menino que Aprendeu a Imaginar vendidos, o valor de 1 (um) será destinado à compra de outros livros infantojuvenis a serem doados à escola no início do ano letivo de 2020.

Essa é uma ação de responsabilidade social que eu, Leandro Bertoldo Silva, como escritor, tenho o prazer de assumir através da Árvore das Letras e do selo Alforria Literária.

O livro é de minha autoria, com ilustrações de Adilson Amaral e feito sob demanda na máquina “Paula Brito” em papel reciclável e capa de papel ecológico.

– Porque eu ainda acredito em livros!-

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O motivo pelo qual eu ainda acredito em livros é porque eu ainda acredito nas pessoas, e livros transformam pessoas. A leitura é uma poderosa ferramenta para a transformação social a partir do pessoal. E ler é resultado de estímulos constantes, que aos poucos se torna uma questão de gosto, escolha e atitude. Para isso é necessário ter acesso aos livros, principalmente na infância. É por isso que estou aqui.

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Praça João da Silva, nº 835 – Bairro Vila Vieira – Padre Paraíso/MG. Diretora: Kelen Jardim.
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Bairro Vila Vieira, conhecido carinhosamente como Arraial.
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Contando histórias para os alunos
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Não basta ir à escola… Tem que estar no meio da turma! Calor e afeto…

– Faça parte dessa ação social –

Para participar da Campanha Leitura Solidária e ajudar o acervo da biblioteca da Escola Estadual da Vila São João, basta comprar o livro O Menino que Aprendeu a Imaginar. Um livro que você comprar já estará ajudando no somatório final. A cada 3 livros vendidos o valor de 1 (um) será destinado à compra de outros livros a serem doados à escola.

– O livro –

O Menino que Aprendeu a Imaginar

Número de páginas: 60

Edição: 1º (2019)

ISBN: 978-85-5697-846-2

Valor: R$30,00

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Um dia nunca é igual ao outro para quem tem um livro nas mãos… Chateado por não ter nada de diferente para fazer, Oswaldo fica dentro do seu quarto cheio de lamentações quando um grande livro de histórias que fica bem no alto da estante cai “sozinho” no chão. O susto, já enorme, aumenta ainda mais quando o menino percebe que não foi um acidente, mas obra do seu brinquedo predileto: um lindo palhacinho de roupas coloridas e chapéu de guizos. Gesticulando e dando mil cambalhotas, o palhacinho conduz Oswaldo a mundos que ele não conhecia, como a casa de um caçador onde entra, disfarçado de menino, o temível bicho Mapinguari; Vê a chuva cair lá fora levando nas enxurradas um barco de papel e, dentro dele, uma criança cheia de imaginação; E o que dizer de uma professora bem diferente ao apresentar à turma o seu amigo Geógrafo, um Atlas falante? Repleto de surpresas, a história reserva ainda uma muito maior no final que, certamente, fará meninos, meninas e até adultos terem outros olhos para a leitura e para os livros.

– Como comprar – 

Os livros são enviados para qualquer lugar do Brasil pelo sistema módico dos correios, o que acrescenta um valor de R$10,00 no preço do livro. O sistema módico é válido para um peso até 500g. Acima desse peso (no caso de um número maior de livros em um mesmo envio), o mesmo só pode ser feito por postagem normal ou sedex, à escolha do leitor, e o valor depende dos serviços dos correios.

ATENÇÃO!

Como a produção é sob demanda, a mesma requer um agendamento para a confecção dos livros que varia de acordo com a quantidade a ser feita. Portanto, os dados para pagamento e prazo de entrega só serão informados mediante o contato prévio do leitor que deverá ser feito pelo email:

leandrobrsilva@hotmail.com ou, ainda, pelo whatsapp (33)98437-0072.

Essa campanha irá até o final de 2019

PARTICIPE!

Vamos aumentar o acesso aos livros dos alunos da Vila São João.

VOCÊ TEM TODA RAZÃO EM NÃO GOSTAR DE LER! PONTO. FINAL? NEM TANTO… SAIBA COMO DEIXAR DE SER UM “LEITOR D ESCOLA” E CONHEÇA 10 HÁBITOS PODEROSOS QUE FARÃO DE VOCÊ UM LEITOR VERDADEIRO

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Por Leandro Bertoldo Silva

Você já passou por essa situação?

O dia da prova está chegando e você ainda nem começou a ler o livro.

Você finalmente vai à biblioteca e descobre que todos os livros já estão emprestados.

Para piorar, a prova vale 10 pontos…

 Pois é, vamos falar de leitura.

Mas calma! Não estou falando da leitura que você pensa ou, infelizmente, está acostumado, ou seja, essa leitura obrigatória, maçante da escola que o professor te obrigou para fazer uma prova. Fala a verdade: Ou você passa por isso ou já passou… E hoje, salvo um milagre, você tem horror a ler!

Aliás, deixe-me falar uma coisa: se este é o seu caso, você tem toda razão em não gostar de ler!

Estudos comprovam que 44% da população brasileira não lê e 30% nunca comprou um livro.

Ou seja, embora o índice de leitura no Brasil, segundo a fonte de pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, publicada no ESTADÃO, em sua 4º edição, tenha alcançado uma ligeira melhora de 2011 para cá (afinal, em 2011 os leitores representavam 50% da população e até 2016 atingimos 56%), o que dá, mais ou menos, uma média de 4 livros por ano, isso ainda é pouco.

O que isso significa?

Que, teoricamente, um pouco mais da metade dos leitores desse artigo já pararam de lê-lo… (rsrsrsr) Ponto. Final? Nem tanto… Calma lá! Há salvação!

“Teoricamente” porque uma boa notícia é que de 2011 para cá, aumentou o número de leitores na faixa etária entre 18 e 24 anos de 53% para 67%. Isso é fantástico! Talvez os motivos sejam o boom da literatura para este público. Nunca se leu tanto como agora em plataformas e redes sociais específicas. Isso é realmente bom. Agora, quanto a qualidade dessas leituras, bem, isso fica para um outro artigo…

Por hora, continue lendo para saber mais sobre:

  • Por que nunca se deve dar “provas de livro” nas escolas?
  • Por que ler NÃO é chato e que isso é uma coisa que, definitivamente, FOI feita para você?
  • E um presente… Saiba como deixar de ser um “leitor de escola” e conheça 10 hábitos poderosos que farão de você um leitor verdadeiro.

Se você se identificou, aproveite para enviar este artigo para um amigo ou amiga que, às vezes, como você, também passa pelos mesmos questionamentos. Ao final dele, você entenderá como pode ser mágico o mundo da leitura.

POR QUE NUNCA SE DEVE DAR “PROVAS DE LIVRO” NAS ESCOLAS?

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Eu também sofri, e muito, com isso. Sofri tanto que quando me tornei professor, a primeira coisa que decidi foi: “NUNCA darei uma prova de livro na minha vida!” E sabe por quê? Porque essa é uma das razões que mais destroem leitores no mundo, fazendo com que eles tomem horror ao que poderia ser extremamente prazeroso.

Todo mundo nasce gostando de livros! Isso é, portanto, natural. Dê um livro a uma criança de colo e observe o prazer, a curiosidade, o encantamento que ela fica. “Ah, mas ela está encantada são com as gravuras, os desenhos…”

E quem disse que lemos só palavras?

Elas virão a seu tempo, acompanhadas do gosto das imagens, quando passamos a perceber que existe algo a mais que complementam e até ultrapassam aquelas cores e formas.

Infelizmente, sinto em dizer que o que lhe faltou foi um professor ou professora para lhe estender a mão e o conduzir a um mundo mágico e não a um mundo de terror – por mais que lhe apresentasse livros de bruxas e monstros – de provas e notas.

Literatura não é disciplina, pelo menos não deveria ser. Por quê? Lembra-se da pesquisa? Pois vamos a outros dados que todo professor deveria conhecer:

Entre as principais motivações para ler um livro, entre os que se consideram leitores, estão gosto (25%)atualização cultural (19%)distração (15%)motivos religiosos (11%)crescimento pessoal (10%)exigência escolar… (7%)!

Ou seja, a atual (e quase unânime) forma de “obrigar” uma pessoa a ler na escola para fazer prova, é um verdadeiro “tiro no pé”. É preciso entender, de uma vez por todas, que literatura não é disciplina escolar; literatura é ARTE e é como ARTE que deveríamos lê-la.

Há muitas maneiras de avaliar uma leitura que não a temida e “Inútil” prova. Sim, Inútil mesmo, com I Maiúsculo! Mas em outra oportunidade, menciono aqui algumas ações que testei e obtive muito sucesso com meus alunos e leitores, ações que ficaram na memória, principalmente deles, e o resultado foi “resgatar” alguns leitores perdidos que “achavam” que não gostavam de ler.

POR QUE LER NÃO É CHATO E POR QUE ISSO É UMA COISA QUE, DEFINITIVAMENTE, FOI FEITA PARA VOCÊ?

Em meio a todo esse senário, só há uma forma de resolver a questão:

É preciso “discutir a relação”.

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A boa notícia é que sim, é possível mudar a sua relação com os livros e com a leitura; a má notícia (pelo menos para a grande maioria das pessoas) é que você vai ter que querer… E isso demandará força de vontade, amor e compromisso.

Acontece, que muitas são as pessoas que querem colher novos frutos, mas não estão dispostas a abrir mão das velhas sementes, ou seja, querem mágica! Aí, meu amigo e minha amiga, é melhor desistir antes mesmo de começar… Não estou sendo duro, estou sendo realista. Colhemos o que plantamos!

MAS VOCÊ É UMA PESSOA QUE QUER COLHER NOVOS FRUTOS E SABE QUE EXISTE DENTRO DE VOCÊ UM LEITOR EM POTENCIAL!

Sabe e quer libertar este leitor, ou mesmo acariciá-lo ainda mais e descobrir novos hábitos, novas formas de ler, de se envolver com as páginas e com as letras. Um destes é o seu caso? Viva! É só começar…

Veja, abaixo, algumas dicas bem úteis que funcionam muito comigo, pode ser que funcione com você também, e se souber de outras que venham complementá-las, não excite em compartilhar, comentar, divulgar. Saiba que você pode estar resgatando outros leitores…

10 HÁBITOS PODEROSOS QUE FARÃO DE VOCÊ UM LEITOR VERDADEIRO
 Dica # 1 – Identifique o que você gosta

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Esse é o PRIMEIRO passo! Identificar o que você gosta, vai fazer você ler com mais interesse, com mais vontade. A lista de opções é imensa: romance, biografia, contos, espiritualidade, fantasia… E lembre-se: PERMITA-SE GOSTAR! Conheço muitas pessoas que falavam que não gostavam de ler, tinham preguiça, mas que quando se davam a oportunidade de forma realmente entregue, só paravam de ler ao término da última página… O segredo é só começar!

Dica # 2 – Visite uma biblioteca ou livraria

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Se você já entrou em uma livraria sabe do que estou falando! Se não, experimente! O clima é altamente favorável, com muitos livros à disposição. Hoje, muitas investem no bem-estar e permitem que você folheie os livros e até leia-os, além de servir café, chá, sucos… Mas há também as bibliotecas municipais e de bairros que disponibilizam os livros e você nem precisa pagar por eles. O importante é estar entre eles!

Dica # 3 – Crie um espaço de leitura

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O espaço é muito importante, afinal, você não vai querer ler em um ambiente barulhento, desorganizado… Encontre um local que seja limpo, iluminado, confortável. Pode ser que você gosta de ler na rede, ou mesmo debaixo de uma árvore no quintal ou no banco da praça, quem sabe à beira mar… Eu, quando criança, gostava de ler em cima da árvore… Só você saberá o que lhe agrada mais. No sofá da sala também é bom. Seja onde for, o importante é que você o prepare e se prepara para isso, sem televisão ou qualquer coisa que venha atrapalhar sua atenção.

Dica # 4 – Descubra o seu horário

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Todos nós temos um horário mais propício à leitura, seja por questão de tempo e trabalho, seja por questão até mesmo fisiológica. Alguns preferem ler à noite, outros de manhã. Isso vai depender da sua disponibilidade. O importante é que, dentro do tempo disponível, não importa se muito ou pouco, você o obedeça e leia. Verá que, gradativamente, você vai querer ler mais e mais…

Dica # 5 – Converse sobre os seus livros

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Conversar sobre o que você está lendo com amigos, professores e familiares fará você aprimorar o seu gosto pelos livros – eu garanto! Esse é um hábito saudável que aumenta e massageia a sua autoestima, além de estreitar laços de amizades e, por que não, criar novos amigos que, como você, também lê, aumentando o seu círculo de convívio, além de trocar sugestões de leituras. Para este tópico específico, conheça aqui neste blog a Vivência online Novos Leitores, uma vivência literária 100% gratuita. É só clicar AQUI.

Dica # 6 – Leia a contracapa e as orelhas do livro

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Nestes locais está a essência do livro sem que ela seja inteiramente desvendada. É o primeiro contato que temos com o que vai ser lido e com o autor do mesmo. Se o assunto lhe agradar, vá em frente; se não, abra outros e se divirta nessa procura.

Dica # 7 – Pesquise sobre o autor ou autora e descubra sobre sua época e sua história

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Essa é uma dica que eu sempre dou. Pesquisar sobre o autor e sua época, além de aumentar a sua cultura e conhecimento, irá fazer você entender melhor a obra, pois saberá o porquê de muitas passagens, estilo de escrita e relacioná-los ao contexto histórico, fazendo você absorver muito mais o conteúdo da história.

Dica # 8 – comece devagar, sem pressa, curtindo o que está fazendo

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A melhor coisa é estar sempre sentindo prazer na leitura. Para isso, se você ainda não tem este hábito e costume, comece devagar… Não inicie com autores muito complexos; eles chegarão ao seu tempo. Comece com pequenas histórias e vá aumentando, aos poucos, o seu repertório. Lembre-se: Tem que valer a pena! Ler é prazer.

Dica # 9 – Ande sempre com o seu livro e, na hora de dormir, deixe-o na cabeceira da cama perto de você.

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Andar sempre com o livro irá fazer você se habituar a ele. Mesmo na era tecnológica de hoje, que você pode ter centenas de livros em um aplicativo de celular, experimente andar com um livro físico em sua bolsa, mochila, enfim. Quando estiver na fila de um banco, naquela horinha da sobremesa em um restaurante e em outros momentos, pegue seu livro, abra e leia. Verá que começará a ter outra relação de proximidade com ele, além de massagear também o seu ego, pois as pessoas o olharão como pessoa culta e polida. E não se esqueça de, na hora de dormir, colocá-lo perto de você, afinal, ele já vai ter se tornado seu grande amigo.

Dica # 10 – Faça anotações sobre a sua leitura e, no final, indique-a a um amigo.

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Fazer anotações sobre o que você lê favorece a compreensão e a interpretação, além de fazer você ficar mais íntimo com o livro e o que ele está te contando… Indicar uma leitura, além de ser um ato altruísta, demonstra sua cultura e cidadania. O país necessita de mais leitores e uma ação puxa a outra. Essa é uma corrente que vale a pena!

E então, gostou das dicas? Espero que elas tenham sido úteis para melhorar a sua vida leitora e que tenha se conscientizado de que ler é um prazer altamente possível de alcançar.

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E, para finalizar, eu adoraria saber a sua opinião sobre esse artigo.

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Ah, e não se esqueça: agora é a melhor hora para você criar uma nova relação e comprometimento com a sua leitura.

Há um mundo inteiro a ser desvendado pelas páginas dos livros…

Permita-se!

Boas leituras…