Por Tomé Nasapulo.
Angola.
Caríssimos amigos leitores:
Sabemos que as nossas vidas são marcadas de encontros, despedidas e reencontros. As despedidas são momentos marcantes carregadas de emoções, se não mesmo difíceis! Algumas despedidas abrem possibilidades de próximos reencontros, mas, infelizmente, nem sempre é assim.
Daí é que neste edição das Crônicas de Domingo, apresento as emoções vivenciadas em torno destes momentos. Espero que ada um de nós se reencontre neste “SILÊNCIO É A HORA DA DESPEDIDA”.
____________________
Silêncio é a hora da despedida!
Despedidas: Em cânticos polidos
Em choros revoltos
Em gritos bramidos
Em elogios nostálgicos.
Silêncio é a hora da despedida!
Sem abraços
Sem palavras
Sem desejos de renúncia a estadia.
Silêncio é a hora da despedida!
A hora da reivindicação
Das promessas perdidas
Das vontades ruídas
Da solidariedade comprometida
Da reciprocidade falida.
Silêncio é a hora da despedida!
A hora das emoções explodidas
Da ternura ferida
Das dores colhidas
Da tranquilidade merecida.
Silêncio é a hora da despedida!
Descubra mais sobre Por uma literatura de identidade própria - Escrever é costurar ideias com as mãos
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Publicado por leandrobertoldo
Sempre gostei de histórias. Os primeiros livros que li foram os clássicos “Cinderela” e o “Caso da Borboleta Atíria”, da antiga coleção vaga-lume. Hoje as coleções são mais modernas, melhoradas... Mas aqueles livros transformaram a minha vida. Lia-os de cima de um pé de ameixa, na casa de minha avó, e lá passava a maior parte do meu tempo sempre na companhia de outros livros que, com o tempo, foram ficando mais “robustos”. A partir de José Lins do Rego e seu “Menino de Engenho” fui descobrindo Graciliano Ramos, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Henriqueta Lisboa, Fernando Sabino, Murilo Rubião... Ainda hoje continuo descobrindo escritores, muitos se tornando amigos, outros pelas páginas de seus livros, como Mia Couto, Ondjaki, Agualusa. Porém, já naquela época sabia o que queria ser. Não tinha uma formulação clara, mas sabia que queria fazer parte do mundo das histórias, dos poemas, dos romances e das crônicas, pois aquilo tudo me encantava, me tirava o chão, fazia a minha imaginação voar. Hoje sou um homem feliz; casado, eterno apaixonado e pai da Yasmin. As duas, ela e a mãe, minhas melhores histórias... Mas também sou formado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC/MG, com habilitação em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, sou Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG, título que muito me responsabiliza e sou um homem das palavras. Mas essas palavras tiveram um começo... O meu encanto por elas fez com que eu começasse a escrever, inicialmente para mim mesmo, mas o tempo foi passando e pessoas começaram a ler o que eu produzia. Até que a revista AMAE EDUCANDO me encomendou um conto infanto-juvenil, e tal foi minha surpresa que o conto agradou! Foi publicado e correu o Brasil, como outros que vieram depois deste. Mais contos vieram e outros textos, como uma peça de teatro encenada no SESC/MG, poemas, artigos até que finalizei meu primeiro romance - Janelas da Alma - em fase de edição e encontrei uma grande paixão: os Haicais! Embora venho colecionando "histórias", como todo homem que caminha por esta vida, prefiro deixar que as palavras falem por mim, pois escrever para mim é mais do que um ofício que nos mantém no mundo. Escrever me coloca além dele... E é por isso que a minha vida, como a de um livro, vai se escrevendo – páginas ao vento, palavras ao ar.
Ver todos os posts de leandrobertoldo
Que lindo texto vc nos trouxe Leandro, através do Tomé muito profundo e verdadeiro.
Eu estou aprendendo aos poucos a lidar com o silêncio e uma briga com agente mesmo.
Parabéns!
E obrigado!
CurtirCurtido por 2 pessoas
Maria da Anunciação, obrigado.
O silêncio é necessário para nos reencontrarmos.
CurtirCurtir
Obrigado, Sãozinha. O silêncio é extremamente necessário…
CurtirCurtido por 1 pessoa
Muito interessante, realmente é muito profundo e verdadeiro. O silêncio é eficiente e necessário, é importante e se faz necessário no nosso cotidiano…nós proporciona viver intensamente muitos momentos,num mundo cheio de tanta agitação!👏👏👏
CurtirCurtido por 2 pessoas
Que lindo comentário o seu. Lindo e verdadeiro. Compartilho de suas palavras.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Na hora da despedida, só o silêncio fala bem!
CurtirCurtido por 2 pessoas
MFRANCISCABLOG, eu agradeço por nos apreciar. É, o silêncio fala mais que mil palavras!
CurtirCurtir
Concordo, Maria Francisca. Como concordo…
CurtirCurtir
Maria Mônica, agradeço pelas palavras de apreço. Tudo acontece no silêncio, até se tornar revelado.
CurtirCurtir
Silêncio…
Um texto rico de vitaminas.
Parabéns ao espaço e ao autor.
Um dia destes algures estarei em silêncio.
CurtirCurtido por 2 pessoas
Dr. Antônio Alexandre, muito obrigado. Este silêncio, ora revelado é produto de sua mão calorosamente estendida e sem esquecer, do nosso amigo Leandro, por esta grande oportunidade. Que Deus abençoe a todos!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Obrigado, meu amigo, pelo comentário.
CurtirCurtido por 1 pessoa