“ELE IMAGINAVA que era rei, soldado, herói, pirata e domador. Era o que queria ser, porque era um sonhador…”
Foi ouvindo essa música tema do Pedrinho, do Sítio do Picapau Amarelo, que cresci de tamanho, mas continuei criança no coração porque nunca deixei de sonhar. Por muitos anos contei histórias em tantas cidades e lugares… Livrarias, eventos, feiras, simpósios e principalmente escolas. Mudei de Belo Horizonte para o Vale do Jequitinhonha e continuei contando histórias, só que através dos livros que comecei a escrever. Hoje tenho 4 livros publicados entre romance, contos, poesia e um infanto-juvenil. E este ano publico o meu quinto livro, que é fruto de uma longa pesquisa sobre as histórias e casos de Belo Horizonte e que tem como protagonistas Xavier de Novais — o segurança de uma livraria — e nada mais, nada menos do que o fantasma de Aarão Reis! É cada história…
Agora é hora de juntar as duas coisas — os livros e a oralidade — para que cada vez mais personagens sejam libertados e a magia e o encantamento nunca possam deixar de existir.
Quer ouvir uma história? Tenho muitas pra contar!
Uma mala, um violão, alguns livros, apitos, lenços e um mundo se abre aos nossos olhos…
Como na foto acima que, pelas carinhas das crianças, dá para perceber o quanto elas ficaram encantadas ao ouvir a saga do caçador que recebia no terreiro da sua casa o terrível bicho Mapinguari… Eita!
Clique no play abaixo para conhecer essa história e, se quiser conhecer outras, entre em contato! Terei o maior prazer em fazer uma visita levando minha mala repleta de livros e casos…
Entre em contato e se abra para um mundo de sonhos!
Sempre gostei de histórias. Os primeiros livros que li foram os clássicos “Cinderela” e o “Caso da Borboleta Atíria”, da antiga coleção vaga-lume. Hoje as coleções são mais modernas, melhoradas... Mas aqueles livros transformaram a minha vida. Lia-os de cima de um pé de ameixa, na casa de minha avó, e lá passava a maior parte do meu tempo sempre na companhia de outros livros que, com o tempo, foram ficando mais “robustos”. A partir de José Lins do Rego e seu “Menino de Engenho” fui descobrindo Graciliano Ramos, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Henriqueta Lisboa, Fernando Sabino, Murilo Rubião... Ainda hoje continuo descobrindo escritores, muitos se tornando amigos, outros pelas páginas de seus livros, como Mia Couto, Ondjaki, Agualusa. Porém, já naquela época sabia o que queria ser. Não tinha uma formulação clara, mas sabia que queria fazer parte do mundo das histórias, dos poemas, dos romances e das crônicas, pois aquilo tudo me encantava, me tirava o chão, fazia a minha imaginação voar. Hoje sou um homem feliz; casado, eterno apaixonado e pai da Yasmin. As duas, ela e a mãe, minhas melhores histórias... Mas também sou formado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC/MG, com habilitação em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, sou Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG, título que muito me responsabiliza e sou um homem das palavras. Mas essas palavras tiveram um começo... O meu encanto por elas fez com que eu começasse a escrever, inicialmente para mim mesmo, mas o tempo foi passando e pessoas começaram a ler o que eu produzia. Até que a revista AMAE EDUCANDO me encomendou um conto infanto-juvenil, e tal foi minha surpresa que o conto agradou! Foi publicado e correu o Brasil, como outros que vieram depois deste. Mais contos vieram e outros textos, como uma peça de teatro encenada no SESC/MG, poemas, artigos até que finalizei meu primeiro romance - Janelas da Alma - em fase de edição e encontrei uma grande paixão: os Haicais! Embora venho colecionando "histórias", como todo homem que caminha por esta vida, prefiro deixar que as palavras falem por mim, pois escrever para mim é mais do que um ofício que nos mantém no mundo. Escrever me coloca além dele... E é por isso que a minha vida, como a de um livro, vai se escrevendo – páginas ao vento, palavras ao ar.
Ver todos os posts por leandrobertoldo