A VIDA É ESTRADA CONTÍNUA

Por Leandro Bertoldo Silva

Descobri que não há nada mais triste do que o vazio.

Descobri que o vazio dói. E é uma dor tão grande, tão intensa, que só não é insuportável porque a vida é estrada contínua, sem fim, mesmo na ausência do próprio vazio.

Descobri que o vazio, mesmo triste, mesmo dor dilacerante, é uma poesia de esperança e paciência e reencontro. É preciso viver o vazio para poder preenchê-lo. E não me venha com “vai passar”, eu não quero que passe; quero que transmute, no seu tempo, em presença renovada, porque o vazio, naturalmente, não se enxerga com os olhos do corpo, mas se vislumbra com os olhos da alma.

Descobri que o vazio é triste sim, mas traz, na sabedoria do silêncio, a espera de poder existir.

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Hoje faz 15 dias que a minha mãe nos deixou. Ainda não consigo falar “morreu”. Talvez por nunca ter acreditado na morte. Não acredito nela. Porém, esse espaço que o vazio separa é um pouco do que disse acima. Poderia dizer mais, mas me calo nesse tempo de esperas.

PARA SEMPRE AS MÃOS DE MINHA MÃE

Por Leandro Bertoldo Silva

Hoje descobri
que a ausência não é o fim;
é um “até ali”!

Onde meus olhos
não podem ainda enxergar,
sinto sua presença.

Ela é tão doce,
tão cheia de poesia,
que mal cabe em mim.

Mas não me importo!
Quero mais que transborde,
em flores de ti.

Suave perfume…
Leve-me a navegar
não em ondas de dor.

Mas na fragrância
do agradecimento
de suas virtudes.

Deixo-me sorrir
quando minhas lágrimas
banham memórias.

Deixo-me chorar
sem a tristeza da dor.
Não há dor; há céu.

Como o infinito
carregado de nuvens,
lá a encontro.

Qual sentimento,
que dos olhos da terra,
não necessita.

Vejo-te aqui
dentro de minhas lembranças.
Eterno remanso.

E o suave
frescor de sua alma
me acaricia.

Sinto o toque.
São as mãos de minha mãe
A dar-me vida.

UMA VIA SEM SENTIDO

Por António Alexandre *

O respeito pelos adultos tinha qualidade.

Os adultos do tempo dos meus ancestrais olhavam para as crianças com outra realidade.

Hoje os adultos representam para muitas crianças uma ameaça.

Hoje vejo os adultos comendo tudo, levando tudo e até põem a mão na massa.

Hoje vejo o adulto convocando ódio, miséria e intolerância.

Ah! Como estou numa via sem sentido em plena independência?

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António Alexandre é professor e poeta angolano e colaborador da Árvore das Letras.

A Árvore das Letras é uma escola-ateliê e editora sustentável de encadernação e papelaria ecológica. Valorizamos a produção e a confecção de livros e cadernos conceituais e artesanais. Oferecemos vivências presenciais e on-line para quem quer ingressar e aprimorar no mundo da escrita e da arte da palavra.

Frequentemente participamos de eventos, feiras e exposições. Entre em contato conosco e conheça melhor os nossos trabalhos.

Um forte abraço e até a próxima.

A VIDA DE UM ESCRIBA

Por Leandro Bertoldo Silva
Fonte: Livro: uma história viva.

Escrever à mão sempre foi uma arte, principalmente entre os séculos VII e XV, quando estava em evidência o trabalho dos escribas, monges que trabalhavam nos scriptoruim monásticos.

Os escribas tinham de ser capazes de copiar obras em latim, grego e hebraico, quer as compreendessem ou não, e ainda estarem familiarizados com a tecnologia da escrita a fim de garantir que as linhas saíssem retas e as letras exatamente do mesmo tamanho.

Vale lembrar que naquela época não existia a imprensa, de modo que os livros, como a Bíblia, por exemplo, eram totalmente copiados à mão, tornando-se, assim, verdadeiras obras de arte.

Esperava-se que os escribas fossem competentes em uma série de estilos de escrita. Durante os séculos XII e XIII, copiar tornou-se uma atividade profissional, cada vez mais desempenhada por especialistas, sendo que na Europa de língua alemã, a cópia de manuscritos cresceu consideravelmente no século anterior à invenção da imprensa.

Os escribas geralmente copiavam de três a quatro páginas por dia, tamanho o cuidado com as letras que eram altamente elaboradas, o que nos faz imaginar o tempo que levou para as bibliotecas monástica serem formadas. Era comum monges viajarem de um mosteiro a outro copiando livros para as suas próprias bibliotecas.

Porém, para satisfazer a crescente demanda, foi introduzido o sistema de pecia (“peça” em latim), no qual diferentes partes do mesmo texto eram confiadas a copistas contratados, possivelmente leigos, que trabalhavam dentro e fora dos mosteiros.

A imagem acima é uma iluminura de um manuscrito inglês do século XI (Cambridge, Corpus Christi College MS 389, fólio Iv), na qual mostra São Jerônimo trabalhando em sua escrivaninha. Ele está sentado em uma cadeira alta, que permite que os pés fiquem pendentes ou talvez apoiados em uma plataforma; o contato prolongado com as pedras frias do assoalho de um mosteiro não era aconselhável. Por trás de São Jerônimo, uma cortina foi amarrada para que entre mais luz enquanto ele trabalha (geralmente, os monges escreviam apenas durante o dia, porque as velas eram muito caras e sua luz muito fraca). Seu trabalho repousa inclinado sobre um atril coberto de tecido. Escrever nesse ângulo significa que o escriba não tinha de segurar a pena verticalmente: se o fizesse, a tina podia escorrer com muita rapidez. As páginas já receberam linhas, provavelmente traçadas com um perfil de chumbo. Na mão direita, São Jerônimo segura uma pena, na qual resta pouco da pluma. Na mão esquerda ele segura uma faca, um instrumento de múltiplos usos para os escribas, usada para manter o pergaminho firmemente ancorado à superfície de cópia, para apontar as penas ou para raspar tinta seca do pergaminho, como um apagador. A correção de erros, às vezes, era feita com auxílio de uma lâmina ou pedra-pomes. Na imagem, São Jerônimo não está copiando, mas compondo um texto, enquanto a pomba que representa o Espírito Santo paira acima de sua cabeça, fornecendo-lhe inspiração.

Aqui está um pedacinho dessa arte fascinante, onde os escribas eram escritores imersos numa vida de estudo e contemplação.

Hoje, mesmo com toda tecnologia, escrever à mão é abrir-se para o novo e uma forma de demonstrar carinho e guardar lembranças, além de muitos outros benefícios que sempre evidenciaremos por aqui.

E você, costuma escrever à mão?

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A Árvore das Letras é uma escola-ateliê e editora sustentável de encadernação e papelaria ecológica. Valorizamos a produção e a confecção de livros e cadernos conceituais e artesanais. Oferecemos vivências presenciais e on-line para quem quer ingressar e aprimorar no mundo da escrita e da arte da palavra.

Frequentemente participamos de eventos, feiras e exposições. Entre em contato conosco e conheça melhor os nossos trabalhos.

Um forte abraço e até a próxima.

CONTEMPLAÇÃO

Por Leandro Bertoldo Silva e Nasapulo Kapiãla*

No dia 04 de agosto deste ano, por acaso dia do meu aniversário, publiquei aqui no blog uma crônica em que chamei de “Memórias de cidade”. Você, inclusive, pode conferir ao clicar AQUI.

Ela nasceu em um dia quando acabava de chegar de viagem a Belo Horizonte, minha cidade natal, em Minas Gerais, vindo de São Paulo, tendo que esperar por mais 8 horas até a partida do próximo ônibus com destino a minha cidade atual, no Vale do Jequitinhonha, onde resido há 14 anos.

Mas o que importa aqui nesta Crônica de Domingo são os desdobramentos de uma história e onde ela pode chegar.

Sim, foi um dia para mim de muita contemplação e resinificados.

O que não imaginava e nem poderia é que ela inspiraria o poeta e amigo Nasapulo Kapiãla, de Angola, a uma poesia repleta de sensibilidade ao demonstrar, em poucos versos, exatamente tudo o que senti.

Assim disse ele:

Contemplar é sentir a vida a cada instante,
apreciar o momento,
sem pressa de voar no tempo.

Emprestar olhos coloridos,
que pintem as circunstâncias
e tragam a esperança.

É resignificar os lugares, os sentimentos,
e visualizar além do nosso tempo.

(Nasapulo Kapiãla)

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Nasapulo Kapiãla é angolano, colaborador e integrante da turma Paulina Chiziane da Vivência Novos Autores, da Árvore das Letras.

O que mais me encanta é a capacidade da arte e da literatura em fazer amigos… Obrigado, amigo poeta de além-mar.

A EVOLUÇÃO DO LIVRO – DO ROLO AO CÓDICE

Por Leandro Bertoldo Silva
Fonte: Livro: uma história viva.

Você acha que o livro sempre teve a forma que você o conhece?

A primeira forma de papel usada na produção de livros foi o papiro, que existia principalmente no Egito, mas também na Grécia e Roma. O Egito exportava papiro para todo o mundo mediterrâneo, pois dominava a produção e guardava os maiores segredos da fabricação a partir de juncos que cresciam nos pântanos do Nilo.

O caule do junco era cuidadosamente retirado sob a forma de tiras, que eram estendidas em uma camada. Em seguida, acrescentava-se uma segunda camada e as folhas acabadas eram polidas com pedra-pomes ou conchas. Como era muito fino, além de ser quebradiço e frágil, o papiro recebia escrita somente em um dos lados.

Assim, a partir do século I d.C., surgiu o pergaminho que passou a competir com o papiro. No inicio, a nova tecnologia era chamada de  charta pergamene (papel de pérgamo) em latim, por causa de Pérgamo, na atual Turquia, onde provavelmente tivera origem. O pergaminho era feito de peles de animais, geralmente bois, carneiros, coelhos e até esquilos. Eram mais resistentes e podiam ser raspados e reutilizados.

O pergaminho trouxe muitos benefícios econômicos aos romanos, ao contrário do papiro, pois não tinha que ser importado do Egito. Porém, o pergaminho exigia preparo cuidadoso. O couro do animal tinha de ser secado, raspado, alisado e depois polido.

Mas havia um porém! Se hoje derrubamos árvores para produzir papel, nos primeiros séculos da era cristã a escrita em pergaminho exigia o abate de animais, o que ambientalmente falando não era nada interessante.

Seja como for, tanto o papiro como o pergaminho eram enrolados, daí serem chamados de rolos ou vólumen.

Foi quando surgiu o códice, originário do mundo cristão dos séculos II e III, revolucionando o conceito de livro, cujas páginas passaram a ser viradas em vez de longas tiras a serem desenroladas, que chegavam a mais de 6 metros. Foi graças ao papel primeiramente originário da China do século II e posteriormente os árabes no século VIII, através da Espanha Islâmica, que o papel tal qual o conhecemos chegou à Europa no século XII.

Como a evolução não para, hoje temos formas mais ecológicas de fabricação do papel e nós da Árvore das Letras prezamos por esse conceito na publicação de nossos livros e na confecção dos nossos cadernos.

Se você gostou desse conteúdo e é uma estudiosa ou estudioso como eu, vai gostar ainda mais do que vou dizer. Daqui em diante, de tempos em tempos, estaremos trazendo em pequenos textos como esse aqui no blog e também em vídeos no Instagram a história do livro e da encadernação em nosso mundo. Vale lembrar que o livro tem sido usado há mais de 2.500 anos para diversas funções, como legislar, registrar, idolatrar, educar e divertir. Nada mais digno para nós, portanto, que o temos como forma de trabalho, zelar pela perpetuação dessa história.

Ah, mais uma coisa!

Estaremos entre os dias 04 e 08 de dezembro na 35° Feira Nacional de Artesanato, na Expominas, em Belo Horizonte, no espaço Vales de Minas. É uma ótima oportunidade de conhecer de perto o nosso trabalho, os nossos livros e as confecções dos nossos cadernos artesanais, Venha conferir e nos encontrar para aquele dedinho de proza que, com certeza, será maravilhoso.

Esperamos você!

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A Árvore das Letras é uma escola-ateliê e editora sustentável de encadernação e papelaria ecológica. Valorizamos a produção e a confecção de livros e cadernos conceituais e artesanais. Oferecemos vivências presenciais e on-line para quem quer ingressar e aprimorar no mundo da escrita e da arte da palavra.

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Um forte abraço e até a próxima.

PROFESSOR DE CRIANÇAR

Por Ricardo Albino*

Hoje na minha escola teve uma aula nova. Entrou um professor engraçado para começar uma matéria diferente. O Mestre Gente Grande entrou na minha sala para ensinar a gente a criançar. Nunca ouviu falar? Aposto que sim! Só está com vergonha da sua idade contar! Mas nessa matéria gostosa, todo mundo pode entrar e estudar.

Criançar é ser adulto e, mesmo de cabelos brancos, gostar de brincar. É jogar bola de meia, de gude, de plástico, de vôlei, basquete e futebol na escola, na rua, em qualquer lugar. É olhar o céu e dizer na mesma hora:

“Qualquer dia eu chego aí voando com meu amigo pintor do céu de nave ou táxi, só pra brincar e comer brigadeiro lunar, tá?’’

Criançar também é ficar descalço , tomar banho de chuva a gargalhar . E gargalhar é Criançar e sorrir até a nossa barriga doer, o tempo que a boca quiser ficar aberta e o tempo feliz decidir não se preocupar tanto com as horas e resolver sem demora por infinitos minutos parar de correr.

Criançar é crescer no tamanho do corpo e na alma, carregar a leveza de menino. É ser eternamente um brincante, brincador que se diverte no parque, na roda gigante, no carrossel e no trem fantasma morrendo de medo de fazer pipi na calça de tanto pavor.

Criançar é brincar de roda de pé no chão, segurar a mão do amigo do lado e, sem ninguém perceber, brincar de salada mista, pedindo um beijo emprestado sem ser roubado enquanto o moço conta história tocando seu violão. É descer no escorredor e no balanço da gangorra daquele pequeno parquinho, escutar o tum tum no peito, forte como tamborzinho.

Criançar é estar com uma caipirinha na mão e sentar na caixa de areia para fazer bolo no balde, deixar a criança de idade convencional, com a sua pazinha, cobrir até o final a minha cabeça todinha.

Criançar é colocar pipa colorida para voar. É encontrar os primos para a infância na casa da vó relembrar. Tem gente que vai ler essa parte e chorar! Choro também é parte da tal aula de Criançar!

Ah, que Pena! Bateu o sinal. Na prova de ser sempre criança do professor Gente Grande, a geral parece que tirou total . E para terminar essa história com reticências e ainda sem ponto final, na hora do recreio a galera pintou o sete e feito uma gigante aquarela fez a festa da imaginação continuar a sonhar. 

E você, Professor Gente grande, que nota daria para sua própria aula de Criançar?

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*Ricardo Albino é jornalista, escritor e contador de histórias. Foi integrante da turma Lygia Fagundes Telles, da Árvore das Letras.

A Árvore das Letras é uma escola-ateliê e editora sustentável de encadernação e papelaria ecológica. Valorizamos a produção e a confecção de livros e cadernos conceituais e artesanais. Oferecemos vivências presenciais e on-line para quem quer ingressar e aprimorar no mundo da escrita e da arte da palavra.

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PORTANTO, ERA UMA VEZ…

Por Leandro Bertoldo Silva

Poderia ser somente uma cartola a sair de um livro de histórias. Poderia…

Poderia ser somente um óculos do século passado a viajar pelo tempo. Poderia…

Poderia ser somente um paletó tirado de um guarda-roupa. Poderia…

Mas…

Enquanto muitas pessoas colocam suas máscaras eu resolvi tirar a minha.

Foi assim…

Ao longo de anos construí muitos personagens. Fui professor, técnico em segurança do trabalho, trabalhei em empresas, escolas, até na construção civil. Em todos esses lugares desempenhei papéis necessários para sobreviver. Tenho carinho por todos eles, mas nenhum deles refletia quem verdadeiramente sou: aquele menino que aos 7 anos subia em uma árvore para ler histórias e sonhava em ser de verdade tudo o que lia.

Para mim, Dom Quixote, Visconde, Brás Cubas, Alice, Geraldo Viramundo, Capitu São todos seres reais e vivem em um mundo real. O mundo do faz de conta é exatamente aquele outro que precisamos representar papéis, mas o mundo da literatura… Ah, esse é muito verdadeiro! E é neste, o qual faço parte, que deixo, agora aos 52 anos, se aflorar de mim mais uma vez.

Por isso, será comum me ver assim por aí em alguns lugares e em muitos momentos.

Dizem que o Vale Encantado é onde moram todos os personagens de todos os contos de fadas e histórias maravilhosas do mundo inteiro. Só não disseram que todos os personagens existem mesmo. Eles só são personagens quando são convocados a entrarem nos sonhos de alguma criança ou adulto, mas tão logo as pessoas acordam ou fecham os livros, eles voltam todos para o Vale Encantado, onde voltam também a sua condição de realidade. A diferença é que ao invés de fechar o meu livro resolvi deixá-lo aberto.

Portanto, era uma vez…

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A publicação de hoje é especial porque abre uma nova velha existência…

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O MUNDO MÁGICO DA LEITURA

Por Leandro Bertoldo Silva

Contar histórias… Fazer a imaginação voar.
Fazer de um minuto uma eternidade de sonhos, cores, quase sabores.
Transformar-se num instante em reis, princesas, cavalos voadores, bicho do mato…
Bruxas, bruxos,  florestas encantadas, iluminadas.
Para quem acha que os sonhos não podem acordar
Ouça e preste atenção…

Assim podemos iniciar todas as histórias do mundo! Elas habitam o nosso imaginário, fazem crescer as nossas emoções, os nossos desejos e nos transformam em pessoas melhores. Como precisamos disso…

Mas o que é mais importante é saber que muitas delas moram e saem dos livros, esse objeto mágico e encantador que em momento algum deixará de existir, por mais que as tecnologias avancem.

Bil Gates já disse: “Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever — inclusive a sua própria história”.

 Abrir um livro é se abrir para o mundo.

Nesse mês de setembro estive na Escola Estadual Tristão da cunha, em Teófilo Otoni/MG, onde pude participar de um lindo projeto de leitura, levando minhas histórias e um pouquinho da Árvore das Letras.

O resultado você pode conferir na reportagem do MGTV 1º edição, clicando AQUI .

Deixo o convite e viva a leitura!

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FESTA LITERÁRIA VALE DO MUCURI – FLIM

Por Leandro Bertoldo Silva e Geane Matos

A FLIM foi uma estrada que permanecerá viva. Foi? Não, é! Estrada porque faz parte do sonho de muitas pessoas, e uma estrada nada mais é que um sonho onde todos permanecem vivos. Foi mais ou menos isso que disse Mia Couto e o entendemos muito bem.

Ao longo de 4 dias, de 19 a 22 de setembro, celebramos o sonhar de centenas de pessoas, artistas, gente do povo, crianças e adultos. Libertamos histórias, apresentamos personagens, declamamos poesias. Cantamos o nosso Brasil e irmanamos nossos irmãos de além-mar.
Demos vozes às pessoas da rua, acolhemos a quem tinha sede de cultura, desconstruímos preconceitos e formamos uma só voz por meio da palavra lida, cantada, representada.

Foi tudo muito lindo! Quantos encontros do passado e do presente nasceram e renascerão em cada página de livro, em cada abraço trocado.

Nós que somos frutos de uma árvore onde florescem letras vimos brotar sementes de um hoje renovado.

Agradecemos a todos por acreditarem nessa festa. Aos amigos que se fizeram presentes e aos novos amigos que se fizeram surgir. Agradecemos à brilhante equipe do Instituto In-Cena, realizadora deste evento, nas pessoas de @andredias.incena @livia.ferreirasouza .
Agradecemos também à @livrariapapocafe nas pessoas e @oliviabamberg e @farleycotta e a todos que sempre estiveram conosco nos Sábados Literários ao longo de tantos meses. A todas as editoras presentes que compuseram a tenda literária, aos autores e autoras independentes e à Academia de Letras, que também é nossa casa.

A Festa não acabou; só está começando…

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