Por Leandro Bertoldo Silva e Geane Matos
A FLIM foi uma estrada que permanecerá viva. Foi? Não, é! Estrada porque faz parte do sonho de muitas pessoas, e uma estrada nada mais é que um sonho onde todos permanecem vivos. Foi mais ou menos isso que disse Mia Couto e o entendemos muito bem.
Ao longo de 4 dias, de 19 a 22 de setembro, celebramos o sonhar de centenas de pessoas, artistas, gente do povo, crianças e adultos. Libertamos histórias, apresentamos personagens, declamamos poesias. Cantamos o nosso Brasil e irmanamos nossos irmãos de além-mar.
Demos vozes às pessoas da rua, acolhemos a quem tinha sede de cultura, desconstruímos preconceitos e formamos uma só voz por meio da palavra lida, cantada, representada.
Foi tudo muito lindo! Quantos encontros do passado e do presente nasceram e renascerão em cada página de livro, em cada abraço trocado.
Nós que somos frutos de uma árvore onde florescem letras vimos brotar sementes de um hoje renovado.
Agradecemos a todos por acreditarem nessa festa. Aos amigos que se fizeram presentes e aos novos amigos que se fizeram surgir. Agradecemos à brilhante equipe do Instituto In-Cena, realizadora deste evento, nas pessoas de @andredias.incena @livia.ferreirasouza .
Agradecemos também à @livrariapapocafe nas pessoas e @oliviabamberg e @farleycotta e a todos que sempre estiveram conosco nos Sábados Literários ao longo de tantos meses. A todas as editoras presentes que compuseram a tenda literária, aos autores e autoras independentes e à Academia de Letras, que também é nossa casa.
A Festa não acabou; só está começando…
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A Árvore das Letras é uma escola-ateliê e editora sustentável de encadernação e papelaria ecológica. Valorizamos a produção e a confecção de livros e cadernos conceituais e artesanais. Oferecemos vivências presenciais e on-line para quem quer ingressar e aprimorar no mundo da escrita e da arte da palavra.
Frequentemente participamos de eventos, feiras e exposições. Entre em contato conosco e conheça melhor os nossos trabalhos.
Um forte abraço e até a próxima.
Descubra mais sobre Por uma literatura de identidade própria - Escrever é costurar ideias com as mãos
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Publicado por leandrobertoldo
Sempre gostei de histórias. Os primeiros livros que li foram os clássicos “Cinderela” e o “Caso da Borboleta Atíria”, da antiga coleção vaga-lume. Hoje as coleções são mais modernas, melhoradas... Mas aqueles livros transformaram a minha vida. Lia-os de cima de um pé de ameixa, na casa de minha avó, e lá passava a maior parte do meu tempo sempre na companhia de outros livros que, com o tempo, foram ficando mais “robustos”. A partir de José Lins do Rego e seu “Menino de Engenho” fui descobrindo Graciliano Ramos, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Henriqueta Lisboa, Fernando Sabino, Murilo Rubião... Ainda hoje continuo descobrindo escritores, muitos se tornando amigos, outros pelas páginas de seus livros, como Mia Couto, Ondjaki, Agualusa. Porém, já naquela época sabia o que queria ser. Não tinha uma formulação clara, mas sabia que queria fazer parte do mundo das histórias, dos poemas, dos romances e das crônicas, pois aquilo tudo me encantava, me tirava o chão, fazia a minha imaginação voar. Hoje sou um homem feliz; casado, eterno apaixonado e pai da Yasmin. As duas, ela e a mãe, minhas melhores histórias... Mas também sou formado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC/MG, com habilitação em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, sou Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG, título que muito me responsabiliza e sou um homem das palavras. Mas essas palavras tiveram um começo... O meu encanto por elas fez com que eu começasse a escrever, inicialmente para mim mesmo, mas o tempo foi passando e pessoas começaram a ler o que eu produzia. Até que a revista AMAE EDUCANDO me encomendou um conto infanto-juvenil, e tal foi minha surpresa que o conto agradou! Foi publicado e correu o Brasil, como outros que vieram depois deste. Mais contos vieram e outros textos, como uma peça de teatro encenada no SESC/MG, poemas, artigos até que finalizei meu primeiro romance - Janelas da Alma - em fase de edição e encontrei uma grande paixão: os Haicais! Embora venho colecionando "histórias", como todo homem que caminha por esta vida, prefiro deixar que as palavras falem por mim, pois escrever para mim é mais do que um ofício que nos mantém no mundo. Escrever me coloca além dele... E é por isso que a minha vida, como a de um livro, vai se escrevendo – páginas ao vento, palavras ao ar.
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Sabe o que significa FLIM ? Filme lindo da imagem e da magia . Como uma amante da arte só tenho a lhe agradecer por compartilhar sonhos, cantos e encantos sem fim da FLIM para mim ❤️❤️❤️
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Obrigado, meu amigo! Você sempre está presente conosco em todos os lugares 🙂
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