Livros de imagem despertam enorme fascínio. Talvez muitos de nós tenham se iniciado na leitura e nesse universo tão maravilhoso da literatura através deles. E muito longe pensar que eles só existem para crianças…
Tenho em minha biblioteca uma coleção deles e sempre que vou a livrarias ou mesmo em feiras de livros – o que neste momento não está sendo possível devido a pandemia – sempre me dou de presente horas e horas folheando essas pérolas que é um conjunto de artes bem ali ao alcance dos nossos olhos. E é isto mesmo que eles são, como diz Paulo Fernandes, um amigo e ativista literário: “o livro de imagem educa o olhar para a arte”.
Sim, e mais do que isso! Podemos dizer que lemos palavras, mas também lemos imagens e elas nos transportam para mundos incríveis.
Estas em especial de “Como nascem os pássaros azuis”, de Walter Lara, mostram a transformação dos pássaros por meio do pincel, da tinta e da sensibilidade de um menino. E no meu trabalho de mediador de leitura já estava na hora de inserir esses livros tão belos como encantadores, tão artísticos quanto literários.
Então… Assista ao vídeo e boa leitura!
Linda essa história, não é mesmo?
Aproveite para conhecer outras histórias e se increver no meu canal! Isso é muito, muito importante para que eu possa continuar nesse trabalho de formação de leitores.
Sempre gostei de histórias. Os primeiros livros que li foram os clássicos “Cinderela” e o “Caso da Borboleta Atíria”, da antiga coleção vaga-lume. Hoje as coleções são mais modernas, melhoradas... Mas aqueles livros transformaram a minha vida. Lia-os de cima de um pé de ameixa, na casa de minha avó, e lá passava a maior parte do meu tempo sempre na companhia de outros livros que, com o tempo, foram ficando mais “robustos”. A partir de José Lins do Rego e seu “Menino de Engenho” fui descobrindo Graciliano Ramos, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Henriqueta Lisboa, Fernando Sabino, Murilo Rubião... Ainda hoje continuo descobrindo escritores, muitos se tornando amigos, outros pelas páginas de seus livros, como Mia Couto, Ondjaki, Agualusa. Porém, já naquela época sabia o que queria ser. Não tinha uma formulação clara, mas sabia que queria fazer parte do mundo das histórias, dos poemas, dos romances e das crônicas, pois aquilo tudo me encantava, me tirava o chão, fazia a minha imaginação voar. Hoje sou um homem feliz; casado, eterno apaixonado e pai da Yasmin. As duas, ela e a mãe, minhas melhores histórias... Mas também sou formado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC/MG, com habilitação em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, sou Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG, título que muito me responsabiliza e sou um homem das palavras. Mas essas palavras tiveram um começo... O meu encanto por elas fez com que eu começasse a escrever, inicialmente para mim mesmo, mas o tempo foi passando e pessoas começaram a ler o que eu produzia. Até que a revista AMAE EDUCANDO me encomendou um conto infanto-juvenil, e tal foi minha surpresa que o conto agradou! Foi publicado e correu o Brasil, como outros que vieram depois deste. Mais contos vieram e outros textos, como uma peça de teatro encenada no SESC/MG, poemas, artigos até que finalizei meu primeiro romance - Janelas da Alma - em fase de edição e encontrei uma grande paixão: os Haicais! Embora venho colecionando "histórias", como todo homem que caminha por esta vida, prefiro deixar que as palavras falem por mim, pois escrever para mim é mais do que um ofício que nos mantém no mundo. Escrever me coloca além dele... E é por isso que a minha vida, como a de um livro, vai se escrevendo – páginas ao vento, palavras ao ar.
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