
Esta é uma publicação de agradecimentos! Agradecimento a todos que compareceram ao lançamento do livro O Menino que Aprendeu a Imaginar no dia 30 de abril, em Padre Paraíso, demonstrando o seu carinho e principalmente a sua valorização pela leitura, pela arte e cultura. Não citarei aqui nomes porque não seria possível dizer todos e, para mim, todos que lá estiveram são especiais, assim como os que não puderam estar presentes, mas que enviaram palavras de apoio e até mesmo orações que muito me fortaleceram. Muito obrigado!


Mas essa é também uma publicação de reflexão! Reflexão pela ausência de muitos professores e demais profissionais da educação que trabalham com o incentivo à leitura, que não medem esforços, ou pelo menos assim é para ser, para fazer com que um aluno, uma criança ou jovem valorize o livro, os autores, os ilustradores e todo um trabalho que é feito com muito empenho e responsabilidade. É preciso pensar que o incentivo nasce de nossas ações; que precisamos retribuir aquilo que muitas vezes solicitamos num pedido de visita a uma escola, a uma contação de histórias ou mesmo uma presença ou palavra em um projeto de leitura.


Estamos vivendo um momento crucial em nossa existência social, cultural, educacional, moral, onde não é mais possível viver sem a verdade dos nossos sentimentos, em agir por forma e diferentemente daquilo que dizemos. Mas como aquela história de um menino que andando em uma praia repleta de estrelas do mar, pegava uma a uma e a jogava de volta à água para salvá-la, e ao ser criticado por alguém por haver milhões delas e ele não ter condições de salvar todas, fico com a resposta do menino ao olhar bem para a pessoa, se abaixar, pegar mais uma, jogá-la na água e dizer: “para essa eu fiz a diferença…”
Que bom que tivemos muitos meninos e meninas jogando estrelas do mar de volta ao oceano neste dia…

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Publicado por leandrobertoldo
Sempre gostei de histórias. Os primeiros livros que li foram os clássicos “Cinderela” e o “Caso da Borboleta Atíria”, da antiga coleção vaga-lume. Hoje as coleções são mais modernas, melhoradas... Mas aqueles livros transformaram a minha vida. Lia-os de cima de um pé de ameixa, na casa de minha avó, e lá passava a maior parte do meu tempo sempre na companhia de outros livros que, com o tempo, foram ficando mais “robustos”. A partir de José Lins do Rego e seu “Menino de Engenho” fui descobrindo Graciliano Ramos, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Henriqueta Lisboa, Fernando Sabino, Murilo Rubião... Ainda hoje continuo descobrindo escritores, muitos se tornando amigos, outros pelas páginas de seus livros, como Mia Couto, Ondjaki, Agualusa. Porém, já naquela época sabia o que queria ser. Não tinha uma formulação clara, mas sabia que queria fazer parte do mundo das histórias, dos poemas, dos romances e das crônicas, pois aquilo tudo me encantava, me tirava o chão, fazia a minha imaginação voar. Hoje sou um homem feliz; casado, eterno apaixonado e pai da Yasmin. As duas, ela e a mãe, minhas melhores histórias... Mas também sou formado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC/MG, com habilitação em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, sou Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG, título que muito me responsabiliza e sou um homem das palavras. Mas essas palavras tiveram um começo... O meu encanto por elas fez com que eu começasse a escrever, inicialmente para mim mesmo, mas o tempo foi passando e pessoas começaram a ler o que eu produzia. Até que a revista AMAE EDUCANDO me encomendou um conto infanto-juvenil, e tal foi minha surpresa que o conto agradou! Foi publicado e correu o Brasil, como outros que vieram depois deste. Mais contos vieram e outros textos, como uma peça de teatro encenada no SESC/MG, poemas, artigos até que finalizei meu primeiro romance - Janelas da Alma - em fase de edição e encontrei uma grande paixão: os Haicais! Embora venho colecionando "histórias", como todo homem que caminha por esta vida, prefiro deixar que as palavras falem por mim, pois escrever para mim é mais do que um ofício que nos mantém no mundo. Escrever me coloca além dele... E é por isso que a minha vida, como a de um livro, vai se escrevendo – páginas ao vento, palavras ao ar.
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