Sempre gostei de histórias. Os primeiros livros que li foram os clássicos “Cinderela” e o “Caso da Borboleta Atíria”, da antiga coleção vaga-lume. Hoje as coleções são mais modernas, melhoradas... Mas aqueles livros transformaram a minha vida. Lia-os de cima de um pé de ameixa, na casa de minha avó, e lá passava a maior parte do meu tempo sempre na companhia de outros livros que, com o tempo, foram ficando mais “robustos”. A partir de José Lins do Rego e seu “Menino de Engenho” fui descobrindo Graciliano Ramos, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Henriqueta Lisboa, Fernando Sabino, Murilo Rubião... Ainda hoje continuo descobrindo escritores, muitos se tornando amigos, outros pelas páginas de seus livros, como Mia Couto, Ondjaki, Agualusa. Porém, já naquela época sabia o que queria ser. Não tinha uma formulação clara, mas sabia que queria fazer parte do mundo das histórias, dos poemas, dos romances e das crônicas, pois aquilo tudo me encantava, me tirava o chão, fazia a minha imaginação voar. Hoje sou um homem feliz; casado, eterno apaixonado e pai da Yasmin. As duas, ela e a mãe, minhas melhores histórias... Mas também sou formado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC/MG, com habilitação em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, sou Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG, título que muito me responsabiliza e sou um homem das palavras. Mas essas palavras tiveram um começo... O meu encanto por elas fez com que eu começasse a escrever, inicialmente para mim mesmo, mas o tempo foi passando e pessoas começaram a ler o que eu produzia. Até que a revista AMAE EDUCANDO me encomendou um conto infanto-juvenil, e tal foi minha surpresa que o conto agradou! Foi publicado e correu o Brasil, como outros que vieram depois deste. Mais contos vieram e outros textos, como uma peça de teatro encenada no SESC/MG, poemas, artigos até que finalizei meu primeiro romance - Janelas da Alma - em fase de edição e encontrei uma grande paixão: os Haicais! Embora venho colecionando "histórias", como todo homem que caminha por esta vida, prefiro deixar que as palavras falem por mim, pois escrever para mim é mais do que um ofício que nos mantém no mundo. Escrever me coloca além dele... E é por isso que a minha vida, como a de um livro, vai se escrevendo – páginas ao vento, palavras ao ar.
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5 comentários em “GALILÉIA”
O texto poético poético de hoje de Tomé Nasapulo leva – nos à infância.
Todos nós tivemos uma infância e por um motivo forte deixamos os nossos lugares e amigos,mas a esperança de lá voltar não morreu.
Tomé traz – nos um havemos de voltar às nossas terras, nossas origens e nossas brincadeiras como dizia Agostinho Neto.
Parabéns, Tomé Nasapulo.
Nossa!
Quanta beleza em palavras.
Lembrei da minha mãe..das lutas travadas para estudar, levando o banquinho para assentar.
Hj, a merenda é farta, balanceada. Antes, as pessoas não tinham o que comer..minha mãe comia frutas do mato para saciar a fome.. andavam 7 km para ir estudar.
Um poema que me fez relembrar um pouco a história da minha mãe é suas tias p estudar..
Tempo duro, mas de muito aprendizado!
Lindo poema!
O texto poético poético de hoje de Tomé Nasapulo leva – nos à infância.
Todos nós tivemos uma infância e por um motivo forte deixamos os nossos lugares e amigos,mas a esperança de lá voltar não morreu.
Tomé traz – nos um havemos de voltar às nossas terras, nossas origens e nossas brincadeiras como dizia Agostinho Neto.
Parabéns, Tomé Nasapulo.
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Muito obrigado Dr. Antônio Alexandre.
Que bom saber que o poema fez-te voltar no tempo de infância!
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Nossa!
Quanta beleza em palavras.
Lembrei da minha mãe..das lutas travadas para estudar, levando o banquinho para assentar.
Hj, a merenda é farta, balanceada. Antes, as pessoas não tinham o que comer..minha mãe comia frutas do mato para saciar a fome.. andavam 7 km para ir estudar.
Um poema que me fez relembrar um pouco a história da minha mãe é suas tias p estudar..
Tempo duro, mas de muito aprendizado!
Lindo poema!
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Parabéns!
Tomé pôr retratar tão bem sua infância, e os valores de seu povo e de sua Pátria. E não esquecer de onde veio e de seus sonhos.
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Maria Da Anunciação, muito obrigado de coração!
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