Se você é escritor ou escritora ou mesmo familiarizado com a escrita já deve ter ouvido essa pergunta: “o que as editoras querem”? Engraçado, nunca ninguém havia me perguntado o que eu queria das editoras… Bom deixar claro: não sou contra elas, só acredito que existem outros caminhos. E se não existirem? Nós construímos. Não tão simples assim, mas possível.
Foi esse pensamento que me fez recusar um contrato em 2016 e passar alguns anos elaborando o meu jeito de publicar, porque mais do que escrever e ter os meus livros em uma estante de livraria, eu sempre quis costurá-los, colá-los, prensá-los, e mais: mostrar às pessoas como se faz isso.
Mais do que o suposto lugar de honra do escritor inatingível, eu prefiro o lugar do encontro, da fala, do contato simples com o leitor. Essas imagens mostram isso.
Por isso, quero agradecer à professora @viviane_goncalves24 (há professores e professores… Os alunos agradecem) por sua dedicação exemplar e inspiradora, por ter escolhido o meu livro “Entrelinhas contos mínimos” para trabalhar com eles e, claro, todos os alunos e alunas da Escola Estadual Professor José Monteiro Fonseca pela visita, pelo carinho e pela partilha.
São por momentos assim que escolhi ser um escritor realmente independente e criar uma literatura que chamo de identidade própria. Quer vir fazer uma visita?
Saiba mais sobre a Alforria Literária clicando AQUI! Forte abraço.
Descubra mais sobre Por uma literatura de identidade própria - Escrever é costurar ideias com as mãos
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Sempre gostei de histórias. Os primeiros livros que li foram os clássicos “Cinderela” e o “Caso da Borboleta Atíria”, da antiga coleção vaga-lume. Hoje as coleções são mais modernas, melhoradas... Mas aqueles livros transformaram a minha vida. Lia-os de cima de um pé de ameixa, na casa de minha avó, e lá passava a maior parte do meu tempo sempre na companhia de outros livros que, com o tempo, foram ficando mais “robustos”. A partir de José Lins do Rego e seu “Menino de Engenho” fui descobrindo Graciliano Ramos, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Henriqueta Lisboa, Fernando Sabino, Murilo Rubião... Ainda hoje continuo descobrindo escritores, muitos se tornando amigos, outros pelas páginas de seus livros, como Mia Couto, Ondjaki, Agualusa. Porém, já naquela época sabia o que queria ser. Não tinha uma formulação clara, mas sabia que queria fazer parte do mundo das histórias, dos poemas, dos romances e das crônicas, pois aquilo tudo me encantava, me tirava o chão, fazia a minha imaginação voar. Hoje sou um homem feliz; casado, eterno apaixonado e pai da Yasmin. As duas, ela e a mãe, minhas melhores histórias... Mas também sou formado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC/MG, com habilitação em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, sou Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG, título que muito me responsabiliza e sou um homem das palavras. Mas essas palavras tiveram um começo... O meu encanto por elas fez com que eu começasse a escrever, inicialmente para mim mesmo, mas o tempo foi passando e pessoas começaram a ler o que eu produzia. Até que a revista AMAE EDUCANDO me encomendou um conto infanto-juvenil, e tal foi minha surpresa que o conto agradou! Foi publicado e correu o Brasil, como outros que vieram depois deste. Mais contos vieram e outros textos, como uma peça de teatro encenada no SESC/MG, poemas, artigos até que finalizei meu primeiro romance - Janelas da Alma - em fase de edição e encontrei uma grande paixão: os Haicais! Embora venho colecionando "histórias", como todo homem que caminha por esta vida, prefiro deixar que as palavras falem por mim, pois escrever para mim é mais do que um ofício que nos mantém no mundo. Escrever me coloca além dele... E é por isso que a minha vida, como a de um livro, vai se escrevendo – páginas ao vento, palavras ao ar.
Ver todos os posts de leandrobertoldo
4 comentários em “O QUE AS EDITORAS QUEREM?! ACHO QUE ESSA PERGUNTA PODE SER FEITA DE OUTRA MANEIRA…”
Parabéns, Leandro pela diferença dentre tantas.
Sou privilegiada por ter um livro editado impresso por sua editora.
Parabéns, Leandro pela diferença dentre tantas.
Sou privilegiada por ter um livro editado impresso por sua editora.
CurtirCurtir
Parabéns! Sucesso!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Gratidão, Rita!! 🙂
CurtirCurtir
Gratidão, Rita 🙂
CurtirCurtir