Por Tomé Nasapulo
Emílio Tomé Cinco Reis, de pseudónimo Tomé
Nasapulo, de nacionalidade angolana, natural da província do Huambo, professor
do ensino secundário do 2° ciclo do liceu 4019 “24 de junho-Cacuaco”
lecciona a disciplina de Física e é graduado em geologia na opção recursos
energéticos, pela Universidade Agostinho Neto, Faculdade de Ciências Naturais.
Oprimidos
Somos!…
Desesperadas vozes
Ecoamos na escuridão
D’Alvorada almejada
Vislumbra-se o horizonte
Oprimidos
De aflição, cansados
Trémulos e ofegantes
Vai o tempo meio sem conta e a nebulosidade
Aflora esperança sucumbida ante murmúrios
Ao sucumbir da mulher da criança que chora
Da vontade de vencer
Quebrada a opressão
Resignação nunca!
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Aqui está mais uma poesia angolana fruto do encontro dos nossos continentes. Tomé Nasapulo aqui chega onde já se encontra o professor Dr. Antônio Alexandre. É assim que ele o apresenta:
Conheci o professor Emílio Cinco Reis , no liceu 4019, no ano letivo 2021/ 22. Na altura ele declamou um dos seus textos poéticos. Daí fui acompanhando o talento dele. E para não ficar perdido no mundo da física que é cadeira que ele leciona no liceu falei com a Gabriela Lopes no sentido de o ajudar na publicação dos textos. Sabemos todos que a Gabriela Lopes é aquela janela aberta que mesmo em altas horas não se fecha. Foi assim que para além da janela aberta encontrei um portão aberto que é Leandro Bertoldo Silva.
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Ah, quem é Gabriela Lopes? Vocês também a conhecerão…
Seja bem-vindo, Tomé Nasapulo.
Forte abraço!
Até a próxima.
Descubra mais sobre Por uma literatura de identidade própria - Escrever é costurar ideias com as mãos
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Publicado por leandrobertoldo
Sempre gostei de histórias. Os primeiros livros que li foram os clássicos “Cinderela” e o “Caso da Borboleta Atíria”, da antiga coleção vaga-lume. Hoje as coleções são mais modernas, melhoradas... Mas aqueles livros transformaram a minha vida. Lia-os de cima de um pé de ameixa, na casa de minha avó, e lá passava a maior parte do meu tempo sempre na companhia de outros livros que, com o tempo, foram ficando mais “robustos”. A partir de José Lins do Rego e seu “Menino de Engenho” fui descobrindo Graciliano Ramos, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Henriqueta Lisboa, Fernando Sabino, Murilo Rubião... Ainda hoje continuo descobrindo escritores, muitos se tornando amigos, outros pelas páginas de seus livros, como Mia Couto, Ondjaki, Agualusa. Porém, já naquela época sabia o que queria ser. Não tinha uma formulação clara, mas sabia que queria fazer parte do mundo das histórias, dos poemas, dos romances e das crônicas, pois aquilo tudo me encantava, me tirava o chão, fazia a minha imaginação voar. Hoje sou um homem feliz; casado, eterno apaixonado e pai da Yasmin. As duas, ela e a mãe, minhas melhores histórias... Mas também sou formado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC/MG, com habilitação em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, sou Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG, título que muito me responsabiliza e sou um homem das palavras. Mas essas palavras tiveram um começo... O meu encanto por elas fez com que eu começasse a escrever, inicialmente para mim mesmo, mas o tempo foi passando e pessoas começaram a ler o que eu produzia. Até que a revista AMAE EDUCANDO me encomendou um conto infanto-juvenil, e tal foi minha surpresa que o conto agradou! Foi publicado e correu o Brasil, como outros que vieram depois deste. Mais contos vieram e outros textos, como uma peça de teatro encenada no SESC/MG, poemas, artigos até que finalizei meu primeiro romance - Janelas da Alma - em fase de edição e encontrei uma grande paixão: os Haicais! Embora venho colecionando "histórias", como todo homem que caminha por esta vida, prefiro deixar que as palavras falem por mim, pois escrever para mim é mais do que um ofício que nos mantém no mundo. Escrever me coloca além dele... E é por isso que a minha vida, como a de um livro, vai se escrevendo – páginas ao vento, palavras ao ar.
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Agradeço Árvore das letras- Alforria literária por Leandro Bertoldo Silva por permitir a minha aparição ao mundo literário e auguro que os nossos irmãos Brasileiros recebam-me com aquele calor humano que característico deste povo brasileiro.
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Assim já é, meu amigo, meu irmão! Fico imensamente feliz com esse encontro. Seja bem-vindo sempre!
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Os meus profundos agradecimentos são endereçados primeiro ao meu compatriota Dr. Antônio Alexandre por permitir que esta porta se abresse e em seguida a Árvore das Letras-Alforria literária, na pessoa de Leandro Bertoldo Silva por me dar a conhecer aos nossos irmãos Brasileiros e a esta país maravilhoso multicultural e de tamanho continental, que porta que ora se abre hoje continue aberta para este intercâmbio cultural. Muito obrigado.p
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Obrigado, Emílio, por sua presença! E aproveito para estender meus agradecimentos também ao Dr. Antônio Alexandre por construir essa ponte de cultura e arte. Vamos em frente. Há muitas letras a serem escritas!
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Parabéns!
Tomé muito verdadeiro seu poema.
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Maria da Anunciação, muito obrigado por nos ler.
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Obrigdo pelo comentário, Sãozinha!
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Gratidão linda poesia um grito de esperança.
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Verdade, Simone! Obrigado pela leitura do poema de nosso amigo!
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Simone Santos, agradeço imenso por nos ler, é o ressoar de uma voz de esperança.
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