
Por Leandro Bertoldo Silva
Li uma vez uma frase de Thomas Mann.
“Longa é a viagem rumo a si próprio.
Inesperada é sua descoberta”.
Como pode algo tão curto arrebatar a nossa alma? Duas frases, nada mais além disso, ali despretensiosas (?) a tirar-me o chão e encher-me de perguntas cujas respostas ficam naquele estado latente, prontas a eclodir, mas, por alguma razão, ainda falta.
Se já teve a sensação de bastar olhar para o lado e enxergar o que supõe estar ali, mas logo vir o sentimento de “e se não estiver, como será?”, sabe bem o que quero dizer.
Será esse o motivo de eu gostar tanto de reler um livro ao ponto de preferir essa prática ao lê-lo pela primeira vez?
Seja como for, um livro nunca termina ao virar da última página…
— Por que lê tão repetidas vezes este livro? — perguntou-me uma voz.
— Porque nele estou quase a encontrar a minha liberdade.
— O que falta para isso?
— A próxima leitura.
— Não te angustia saber que pode novamente não encontrar?
— Me angustia mais achar que já encontrei…
E não houve mais perguntas.
Muito menos respostas.
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Muitas vezes são nas miudezas da vida que escondem enormes transformações. Espero que esse brevíssimo diálogo possa trazer frutíferas reflexões.
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Forte abraço!
Até a próxima.