Certa vez, descobri que eu e a Carol temos mais coisas em comum que o amor pela lua. Uma delas é o mesmo número da sorte: o sete.
Ela, assim como eu, deve ter crescido jogando o jogo dos sete erros e, não por acaso, encontrado todos eles escutando que “amigo é coisa para se guardar debaixo de sete Chaves, dentro do coração”.
Acho que deve ter ouvido muitas vezes a história da Branca de Neve e os Sete Anões e assistido a série A casa das sete Mulheres.
Por acaso, você aprendeu a jogar 21 cantando sete mais sete são 14 com mais sete 21? Será que Carolina aprendeu a gostar de gatos porque eles têm sete vidas? Por acaso, alguém falou pra ela que ser distraída ou um pouco esquecida era um dos sete pecados capitais?
Fica tranquila, amiga! Não é!
Ser distraído é uma dádiva criada por Deus para a gente prestar atenção nas sete maravilhas do mundo, mas do nosso pequeno maravilhoso grande mundo do Achados e perdidos, que deveria ser ao contrário né? Pois primeiro a gente perde para depois achar.
E por falar em encontrar, por acaso você já achou as sete chaves de casa? Pode procurar com calma! Deus está no comando e o acaso vai te proteger. Afinal, você tem as sete Chaves para o acaso e no fim da história, o tal do “por acaso” é simplesmente o encontro do inesperado sem querer com o nosso por querer que mora atrás da porta dos bons encontros que a vida tem.
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Sou Ricardo Flávio Mendlovitz Albino. No mundo da contação de história todos me conhecem por Ricardo Albino. Tenho 47 anos, nascido e criado em Belo Horizonte, jornalista formado em 2006, pelo Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI BH, contador de histórias formado pelo Instituto Cultural Aletria, em 2015, criador da página Ricontar Histórias, em 2017, e do canal de mesmo nome no You Tube, em 2021. Cadeirante, idealizei no canal o podcast Ricontar para unir histórias, meu amor pelo rádio, acessibilidade e inclusão.
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Sempre gostei de histórias. Os primeiros livros que li foram os clássicos “Cinderela” e o “Caso da Borboleta Atíria”, da antiga coleção vaga-lume. Hoje as coleções são mais modernas, melhoradas... Mas aqueles livros transformaram a minha vida. Lia-os de cima de um pé de ameixa, na casa de minha avó, e lá passava a maior parte do meu tempo sempre na companhia de outros livros que, com o tempo, foram ficando mais “robustos”. A partir de José Lins do Rego e seu “Menino de Engenho” fui descobrindo Graciliano Ramos, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Henriqueta Lisboa, Fernando Sabino, Murilo Rubião... Ainda hoje continuo descobrindo escritores, muitos se tornando amigos, outros pelas páginas de seus livros, como Mia Couto, Ondjaki, Agualusa. Porém, já naquela época sabia o que queria ser. Não tinha uma formulação clara, mas sabia que queria fazer parte do mundo das histórias, dos poemas, dos romances e das crônicas, pois aquilo tudo me encantava, me tirava o chão, fazia a minha imaginação voar. Hoje sou um homem feliz; casado, eterno apaixonado e pai da Yasmin. As duas, ela e a mãe, minhas melhores histórias... Mas também sou formado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC/MG, com habilitação em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, sou Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG, título que muito me responsabiliza e sou um homem das palavras. Mas essas palavras tiveram um começo... O meu encanto por elas fez com que eu começasse a escrever, inicialmente para mim mesmo, mas o tempo foi passando e pessoas começaram a ler o que eu produzia. Até que a revista AMAE EDUCANDO me encomendou um conto infanto-juvenil, e tal foi minha surpresa que o conto agradou! Foi publicado e correu o Brasil, como outros que vieram depois deste. Mais contos vieram e outros textos, como uma peça de teatro encenada no SESC/MG, poemas, artigos até que finalizei meu primeiro romance - Janelas da Alma - em fase de edição e encontrei uma grande paixão: os Haicais! Embora venho colecionando "histórias", como todo homem que caminha por esta vida, prefiro deixar que as palavras falem por mim, pois escrever para mim é mais do que um ofício que nos mantém no mundo. Escrever me coloca além dele... E é por isso que a minha vida, como a de um livro, vai se escrevendo – páginas ao vento, palavras ao ar.
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Um comentário em “AS SETE CHAVES PARA O ACASO”
Que o nosso sen quer encontre o por quequer das pequenas coisas que levam as chaves da felicidade
Que o nosso sen quer encontre o por quequer das pequenas coisas que levam as chaves da felicidade
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