NEM TUDO SÃO HOSES, EXISTEM GUNS N’ TAMBÉM

Por Leandro Bertoldo Silva

Já ouviu a frase do título acima “nem tudo são Roses, existem Guns N’ também?” A ouço constantemente de uma pessoa que gosto muito. É uma variação divertida de “nem tudo são flores…”

Sim, isso acontece em tudo, inclusive na delicada arte de fazer livros artesanais. Hoje quero compartilhar uma das muitas situações que vivo ao realizar esse ofício lindo e encantador, que mistura beleza e criatividade, mas também muita paciência e desafios.

Uma das diferenças entre um livro em série e um livro artesanal é a quantidade de matéria-prima necessária para sua feitura. Um livro em série dispõe de uma enorme quantidade de material, pois é feito, de uma só vez em máquinas e prensas automáticas, 1000, 2000, 3000 exemplares e até mais. Muitos desses livros, quando não vendidos e/ou distribuídos são devolvidos ao autor e muitos são estocados e até mesmo perdidos.

O livro artesanal é feito em pequenas tiragens e também sob demanda, em que o material como linha, cola, tinta e papéis não são estocados, tanto porque, se assim fossem, perderia o conceito de sustentabilidade.

Porém, entre a compra de um lote e outro de matéria-prima acontece da mesma vir com pequenas ou até mesmo grandes diferenças de fabricação, sem contar quando determinado material se encontra em falta no mercado ou sai de linha, o que influencia no projeto e exige uma dose extra de criatividade e desprendimento.

Uma parte disso aconteceu comigo no livro “Para sempre, amanhã”.

Inicialmente, a capa do livro era de um vermelho cereja, bem forte. Mas eis que a mesma tonalidade não se encontrava mais à venda em lojas físicas. Eu, particularmente, não gosto de comprar papéis pela internet, pois esse é um tipo de produto que, para quem trabalha com o ofício da encadernação, é preciso pegar, tocar, sentir a gramatura, é uma espécie de “degustação espiritual”… rsrsrs. Pelo menos é assim comigo.

Do vermelho cereja, portanto, passei ao vermelho plus como projeto padrão. Como nem tudo são flores, mas tudo caminha para a luz, amei o resultado, pois essa tonalidade deu ao livro uma suavidade muito mais condizente com o seu conteúdo. O livro ficou, assim, mais tênue e doce.

Com isso aprendi a não resistir, a enxergar os obstáculos como oportunidade de se reinventar e de criar algo único a revelar uma parte da nossa essência. É aqui que reside a magia do livro artesanal, onde o ofício de dar forma às nossas ideias com as próprias mãos descortina uma jornada de desafios e encantos repleta de beleza e significado.

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Já estamos quase no mês de agosto. Faltará pouco mais de um mês para o lançamento do livro a acontecer na FLIM – Festa Literária Vale do Mucuri, na cidade de Teófilo Otoni/MG. Eu estou aqui em plena produção e confecção e até lá tem muito a mostrar a vocês.

A campanha de pré-venda continua aberta até o dia 17 de setembro. Quem desejar receber este livro no conforto de casa, autografado e ter a experiência de possuir e ler um livro totalmente feito à mão, com muito carinho e dedicação é só acessar o link abaixo e preencher o formulário.

https://forms.gle/7F5WRyu7GttX7Tk28

Aproveite para presentear alguém querido, uma pessoa amiga. Basta, no formulário, indicar o nome e endereço dela.

Terei muito prazer em estar com vocês!

Forte abraço.


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2 comentários em “NEM TUDO SÃO HOSES, EXISTEM GUNS N’ TAMBÉM”

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