FUTURO INCERTO

Por António Alexandre*
(Angola)

Vejo tudo, vejo luxo no lixo.

Vejo, até hoje, bairros escuros com
crianças descalças, desnutridas e
inseguras.

Vejo buraco nas estradas e estradas no
buraco.

Sinto o cheiro da pobreza que me
circunda.

Vejo o meu futuro incerto na praia e
abraçado pelas ondas do mar.

Vejo tudo na tristeza porém vejo lá no
fundo uma certeza.

Uma luz intermitente na vindoura
firmeza.

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António Alexandre é angolano, colaborador e integrante da turma Paulina Chiziane da Vivência Novos Autores, da Árvore das Letras.

Quarta Literária é uma ação da árvore das Letras de fomento à literatura independente.

Você também pode ser um correspondente literário. Participe da Vivência Novos Autores, um encontro on-line semanal de leitura e produção literária. Saiba mais AQUI.


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