
Por Leandro Bertoldo Silva
Você certamente já ouviu falar sobre os clássicos da literatura: Machado de Assis, Dostoiévski, Victor Hugo, Jane Austen, Tolstói, Cervantes, só para citar alguns.
Mas você sabe o que realmente eles significam? Sabe o que eles são e, principalmente, por que são considerados clássicos?
Bem, antes preciso dizer uma coisa. A leitura sempre foi para mim um alimento. Ela estimula o raciocínio, melhora o vocabulário, melhora a capacidade de interpretação, além de proporcionar um conhecimento amplo de todas as coisas.
Ler desenvolve a criatividade, a imaginação, a comunicação, o senso crítico e amplia a capacidade de escrita. Ler é simplesmente a maior metamorfose das nossas vidas.
Com tudo isso, podemos pensar: se ler é tão bom assim, qual o motivo de haver pessoas que dizem não gostar de ler, ou mesmo encontram tanta dificuldade em algo tão simples e prazeroso?
Porque, como dizia Shakespeare, em Hamlet, “há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe sua vã filosofia”.
Ou, mais a propósito, porque entre a obrigação e o prazer há uma grande diferença, assim como entre o discurso e a prática.
Sempre acreditei na leitura do prazer, da descoberta, do estímulo, da junção das artes musicais, manuais e visuais e principalmente do brincar. Ler precisa ser divertido e acima de tudo fazer sentido para si e para o outro. Quando isso existe a magia acontece e o leitor é formado.
Mas há um ponto de fundamental importância: engana-se quem pensa que isso é adquirido de uma só vez. É preciso tempo, carinho, paciência e conhecimento para subir degraus. Contudo, se a condução for bem feita, a chegada é certa. É preciso, pois, saber conduzir este encontro, porque é natural gostar de ler.
Como diz Carlos Felipe Moisés, no seu livro “Poesia não é difícil”, “não há idade mais propícia à poesia do que a juventude: é a idade da autodescoberta e da descoberta do mundo, da curiosidade ilimitada, da imaginação generosa, do desejo de compreender, e também do espírito crítico aguçado, das dúvidas e incertezas, das experiências decisivas, que costumam marcar para o resto da vida. Não é de surpreender, portanto, que todos amem poesia.” Assim acontece não somente com a poesia, mas com todos os gêneros literários, sejam eles romances, contos ou crônicas.
E aqui lanço olhos para uma leitura muito importante dita lá em cima, no início dessa conversa: os clássicos.
Importante porque os clássicos significam o topo da escada literária, e eles não são considerados clássicos por acaso. São obras alinhadas com os nossos mais profundos sentimentos.
Os clássicos atravessam os séculos e sempre se apresentam como atuais ao fazerem um grande sentido em nossa formação humana, porque nos convidam e nos motivam a refletir sobre a essência da vida. Essa é a principal característica de um clássico e o faz ser considerado como tal.
É preciso entender: longe de carregar todo o estigma de ser difícil e maçante, um clássico sempre tem voz, e nunca, nunca mesmo nos sentimos mal em frente a algo que nos completa.
Portanto, acredite! Os clássicos não são inacessíveis, é exatamente o contrário, eles dialogam com tudo e todas as respostas estão lá. Basta darmos uma chance a eles e a nós mesmos. Mas repito: é preciso saber conduzir esse caminho.
É esse o motivo de trabalharmos na Árvore das Letras a formação de Mediadores de Leitura em conjunto com a contação e mediação de histórias desde a infância, e seguimos em oferecer uma imensa diversidade de gêneros por meio de Clubes de Leitura, tanto presencial quanto on-line, para que os momentos sejam respeitados e os livros, inclusive os clássicos, façam parte natural da nossa existência, a nos tornarem pessoas melhores e esclarecidas. Isso faz toda a diferença no nosso futuro.
Deixo aqui um apanhado geral de quatro motivos para ter os clássicos sempre por perto e dar a eles uma chance de leitura:
Primeiro, um clássico é uma obra atemporal; ela é atual independente da época lida.
Segundo, ele está mais próximo de nós do que podemos imaginar, pelo simples fato de falar sobre os nossos mais profundos sentimentos.
Terceiro, é uma maneira de conhecermos a história do mundo não apenas por um ângulo ou fato, mas ter a oportunidade de ampliar nossas percepções, escolhas e entendimentos.
E quarto, é uma oportunidade de viajar por outras línguas e culturas.
Vamos disseminar essa grande paixão? Acredite, estaremos a construir um mundo muito melhor.
Participe dos nossos Clubes de Leitura. Veja AQUI como é possível e como funciona. Ou entre em contato. Terei muito prazer em conversar com você.
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Bem, espero que essa leitura tenha te inspirado a ler ou mesmo a reler os clássicos. Aliás, qual é o seu preferido ou qual você tem vontade de ler e ainda não leu? Diga aqui nos comentários.
Boa leitura e Forte abraço!
Até a próxima.
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Que interessante!
Como é bom ler os clássicos !
Há textos atemporais que nos levam para cima e para baixo tal um bailoiço.
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Sim, António! Eles são maravilhosos e necessários!
Gratidão, meu amigo 🙂
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Gratidão Leandro por nos inspirar e incentivar a nos permitirmos cada vez mais adentrar no mundo da leitura!
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Que ótimo, Adriana! Fico muito feliz com a sua leitura 🙂
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